Delegação palestina se mostra otimista sobre sucesso das negociações

  • Por Agencia EFE
  • 17/08/2014 06h21
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Cairo, 17 ago (EFE).- O membro da delegação palestina negociadora com Israel, Faiçal Abu Shahla, disse neste domingo que sua representação sente um cauteloso otimismo sobre a possibilidade de sucesso nas conversas indiretas com os israelenses, patrocinadas pelo Egito.

Em entrevista à imprensa, Shahla disse crer que “o sucesso nas negociações depende das pressões sobre Israel para que deixe de lado sua intransigência e indiferença sobre as reivindicações palestinas”.

Além disso, adiantou que uma nova rodada de conversas começará hoje e irá até a manhã da segunda-feira.

“Israel ainda está tentando demonstrar que o bloqueio de Gaza era justificado e insiste em manter regiões seguras e um estreito espaço para a pesca (para os palestinos), com a possibilidade de resolver estes problemas, mas gradualmente”, criticou Shahla.

No entanto, assegurou que a delegação palestina insiste em conseguir os direitos de seus cidadãos, apesar dessa intransigência.

Em relação ao porto e ao aeroporto, o dirigente assegurou que “a recusa israelense é clara nesses dois pontos, o que modera o otimismo da possibilidade que as negociações culminem com sucesso”.

“O aeroporto e porto para Gaza existiam e foram inabilitados depois da crise que causou a divisão palestina, e infelizmente Israel aproveitou essa situação e destruiu a infraestrutura”, lembrou Shahla.

Por seu lado, o porta-voz do movimento palestino Jihad Islâmica, Yousef al Hasaina, explicou que a delegação negociadora palestina viajou ontem à noite ao Cairo para retomar as conversas para acertar um cessar-fogo permanente e pôr fim ao embargo a Gaza.

Ele advertiu que não haverá uma prorrogação da trégua com Israel sem que se reconheçam os direitos do povo palestino.

Nas últimas duas semanas, ambas as partes acertaram duas tréguas humanitárias de 72 horas, renovadas na quinta-feira passada por 120 horas mais, para continuar os debates sobre os termos de um acordo que ponha fim à ofensiva militar. EFE

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