Demanda por transporte aéreo doméstico cai 2,84% em dezembro, diz Anac

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/01/2017 17h53
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Tânia Rêgo/Agência Brasil Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou queda de 2,84% em dezembro de 2016 na comparação com o mesmo mês de 2015, informou nesta quarta-feira, 25, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o resultado, o setor aéreo brasileiro já registra 17 meses consecutivos de retração. No acumulado do ano, a demanda doméstica teve baixa de 5,68% frente igual etapa de 2015.

A oferta por transporte aéreo doméstico, por sua vez, diminuiu 4,6% em dezembro em relação ao mesmo período do ano passado, na décima sexta baixa sucessiva do indicador. No ano, a oferta acumulou redução de 5,91% na comparação com 2015.

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras ficou em 81,3% em dezembro de 2016, índice 1,5 ponto porcentual (p.p.) acima do nível registrado no mesmo período de 2015, de 79,8% – o resultado de dezembro é o maior valor para o mês desde o início da série histórica, no ano 2000. No intervalo de janeiro a dezembro do ano passado, o aproveitamento doméstico foi de 80%, levemente acima dos 79,8% registrados em 2015.

Liderança

A Gol liderou o mercado doméstico em dezembro, com uma participação, medida pelo indicador de demanda RPK, de 37,4%, acima dos 32,7% de sua principal concorrente, a Latam. A Azul ficou em terceiro lugar em dezembro, com 17,5% do market share, enquanto a Avianca Brasil registrou 11,8% de participação.

No acumulado do ano, a Gol também obteve a maior fatia do mercado, com 36%, seguida por Latam, Azul e Avianca, que ficaram com 34,7%, 17,1% e 11,5% de market share, respectivamente.

Passageiros e carga

As empresas aéreas nacionais transportaram um total de 7,977 milhões de passageiros pagos no mercado doméstico em dezembro, queda de 5,89% em relação ao mesmo mês de 2015. No acumulado do ano, a quantidade de passageiros transportados foi de 88,655 milhões, um recuo de 7,82% em relação ao ano anterior.

Já a carga paga transportada no mercado doméstico foi de 32,138 mil toneladas em dezembro, um aumento de 7,81% com relação ao mesmo mês de 2015. No ano, a carga paga doméstica transportada acumulou redução de 5,43% em relação a 2015, atingindo 325 mil toneladas. 

Internacionais

As companhias aéreas brasileiras registraram em dezembro deste ano um avanço de 5,43% na demanda por transporte internacional de passageiros em relação ao mesmo mês de 2015, informou Anac. No acumulado de 2016, a demanda internacional caiu 0,27% na comparação com o ano 2015.

Já a oferta internacional de transporte de passageiros aumentou 3,02% em dezembro na comparação anual. No acumulado do ano, a oferta internacional recuou 3,07% ante 2015.

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras foi de 83,8% em dezembro, o que corresponde a um aumento de 1,9 ponto porcentual (p.p.) ante os 81,9% verificados no mesmo mês de 2015. Entre janeiro e dezembro de 2016, o aproveitamento internacional chegou a 83,7%, ante 81,4% no acumulado do ano anterior.

O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras no mercado internacional em dezembro de 2016 atingiu 682,2 mil – na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador apresentou alta de 7,46%. No ano, foram transportados 7,5 milhões de passageiros no mercado internacional, um avanço de 2,91% na comparação anual.

O mercado de voos internacionais operado por empresas brasileiras é atendido basicamente por Latam, Gol e Azul, sendo que, em dezembro, a Latam respondeu pela maior fatia, de 78,5%. A Gol, por sua vez, ficou com 11% do market share de voos internacionais em dezembro, enquanto a Azul registrou 10,4% de participação. A Avianca Brasil respondeu por apenas 0,1% do mercado internacional.

No acumulado de 2016, a Latam ficou com 78,9% do mercado internacional, seguida pela Gol, com 11,8%. O market share da Azul ficou em 9,2%, enquanto a Avianca obteve 0,1% de participação.

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