Denúncias da Petrobras e aumento de impostos fazem popularidade de Dilma recuar, diz pesquisa
Com os desdobramentos da Operação Lava Jato e o aumento de impostos, a popularidade da presidente Dilma Rousseff devem cair ainda mais.
Neste fim de semana, uma pesquisa do Instituto Datafolha apontou que a aprovação da petista teve forte queda entre dezembro e o início deste mês.
O número de eleitores que considera o governo ótimo ou bom recuou de 42% para 23% e a avaliação ruim ou péssima subiu de 24% para 44%.
O cientista político da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, entende que os próximos passos do ajuste fiscal podem piorar ainda mais a situação de Dilma.
“Quando a gente olha os gatilhos ao longo de 2015, são todos colocando um viés para baixo nessa popularidade. A gente sabe que o reajuste fiscal é um passo necessário para a economia brasileira, mas num curto prazo ele é recessivo. (…) Eu acho que é o pior cenário possível. Você enfrenta uma agenda difícil, com baixa popularidade”, comentou Cortez.
Rafael Cortez lembrou ainda que a mudança no comando do Câmara reflete o momento político difícil enfrentado pela presidente.
O professor da Fundação Getúlio Vargas, Cláudio Couto, entende que as denúncias da Petrobras tiveram o mesmo peso que o aumento das tarifas.
“As denúncias da Petrobras vêm se acumulnado há meses, isso vai gerando um desgaste contínuo. A partir de um certo ponto, esse desgaste contínuo começa a dar uma curva, e essa curva é para baixo. Além do que a presidente Dilma não conta mais com a propaganda na televisão e no rádio, no qual ela conseguia se defender do noticiário negativo”, disse Couto.
Cláudio Couto lembrou que a queda de popularidade do prefeito Fernando Haddad está ligada ao desgaste do PT em São Paulo e a alta da tarifa de ônibus.
Em relação ao governo do Estado, ele disse que a redução da aprovação de Geraldo Alckmin está relacionada ao problema da crise hídrica.
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