Deputada insiste que câncer de Chávez foi provocado “pelo império”

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2014 12h43
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Caracas, 6 mar (EFE).- A deputada governista venezuelana María León insistiu nesta quinta-feira em suas denúncias sobre uma suposta conspiração do “império” para o presidente Hugo Chávez sofrer de câncer e pediu agilidade nas investigações para encontrar os culpados, um dia depois de se completar o primeiro ano de sua morte.

“Sabemos que nos levou a vida dele, o império nos levou, mais uma vez o império assassina um dos grandes líderes da humanidade”, disse María à emissora estadual “Venezolana de Televisión”.

A deputada, que integra uma comissão que procura esclarecer as causas da morte de Chávez, pediu à Procuradoria Geral determinar as responsabilidades para “que sejam punidos” e reparar a “dor tão grande” que sua morte deixou entre milhares de venezuelanos.

“Nós não vamos ficar de braços cruzados (…), estamos pedindo à procuradora-geral que inicie uma investigação para determinar se a doença e a morte do comandante presidente foram por causas diferentes das naturais”, assinalou.

María León lembrou que o líder venezuelano, Nicolás Maduro, sugeriu várias vezes que o câncer que matou Chávez poderia ter sido inoculado, uma possibilidade que o falecido líder da revolução bolivariana considerou durante os meses em que sofreu a doença, da qual não se sabem detalhes.

O parlamentar expressou sua estranheza diante do fato de que essa revelação não causou uma mobilização nas ruas para exigir justiça e atribuiu a reação morna a que os venezuelanos teriam ficado “tontos” após passar “tanto tempo rezando” e “pedindo a Deus” que Chávez se recuperasse.

Pouco depois da morte de Chávez, Maduro disse que o falecido governante sofria de um câncer “que rompia todas as regularidades” e que seria revelado “então” e antecipou que o Executivo trabalhava em uma comissão para confirmar se a doença lhe foi “inoculada” pelos “inimigos históricos” do presidente.

Chávez morreu em 5 de março de 2013 depois de uma longa batalha contra um câncer de que sofreu durante cerca de 20 meses e cuja localização nunca foi oficialmente informada.

O líder foi homenageado ontem, quando se cumpriu o primeiro aniversário de sua morte, com uma série de atos organizados pelo governo, que convocou a manter vivo seu legado em um momento em que o país enfrenta uma onda de protestos que Maduro considera que buscam desestabilizá-lo. EFE

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