Desaceleração econômica latino-americana preocupa principalmente empresas
Madri, 1 jul (EFE).- A desaceleração econômica da América Latina preocupa especialmente as empresas da região e em menor medida os governos, os presidentes, os cidadãos, os veículos de comunicação e a oposição, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira.
O relatório do Instituto de Perspectiva Internacional (IPI) reflete que essa preocupação é maior entre as empresas de Brasil, Argentina, México e Nicarágua (+5, em uma escala de -5 a +5); seguidas pelas de Chile, Equador, El Salvador, Haiti e República Dominicana (+4).
No outro lado estão as empresas da Venezuela (0), Cuba (0), Colômbia e Panamá (+1).
Segundo as últimas previsões do Banco Mundial, a América Latina crescerá 2% em média, contra os 5% e 6%, em média, registrados na última década. Essas perspectivas preocupam também os governos latino-americanos (+3), presidentes (+2,9), cidadãos (+2,8), veículos de comunicação (+2,7) e partidos da oposição (+2,3).
Do estudo se desprende que a grande maioria dos presidentes da América Latina está preocupada com o tema. Os do Haiti e da Nicarágua registram o maior nível de inquietação, enquanto os governantes de Cuba (0), Colômbia (-2) e Venezuela (0) garantem não estar preocupados.
Igualmente, os governos do Haiti e da Nicarágua estão muito preocupados (+5) segundo os dados do estudo, uma tendência contrária à registrada pelos executivos da Colômbia (-1), Cuba e Venezuela (0).
Os latino-americanos mostram um nível generalizado de intranquilidade quanto à desaceleração econômica da região. Lideram, novamente, os da Nicarágua (+5) na frente dos da Argentina, Brasil e México (+4).
Do contrário, os colombianos (-1) estão tranquilos quanto a desaceleração, e os cubanos e venezuelanos se situam em uma posição neutra (0).
A imprensa mostra um nível de inquietação menor que o setor empresarial. Igualmente, os da Colômbia (-1) e Cuba (0) asseguram não estar preocupados, frente aos da República Dominicana e da Nicarágua que ostentam os níveis máximos (+5).
O estudo foi elaborado entre os dias 5 e 30 de junho com a metodologia Mapi, que consiste em realizar uma enquete a múltiplos e variados especialistas conhecedores do cenário do estudo e que não se conhecem entre si para gerar o diagnóstico panorâmico de uma situação. EFE
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