Desejo de paz entre religiões e povos marca chegada do papa à Palestina

  • Por Agencia EFE
  • 25/05/2014 14h55

Papa Francisco visita a cidade de Belém em visita a Israel e surpreende tocando o muro que separa o país da Cisjordânia EPA/ANSA / OSSERVATORE ROMANO Papa Francisco ora sob muro que separa o Israel da Cisjordânia

María Sevilhano.

Belém (Cisjordânia), 25 mai (EFE).- Ansiosos, acordados desde muito cedo, milhares de peregrinos receberam neste domingo em uma Belém lotada o papa Francisco, partilhando a esperança de que sua presença na cidade santa servisse para fomentar a paz entre religiões e povos.

Desafiando um sol cruel, que na manhã de hoje fervia a praça da Manjedoura, fiéis de todos os cantos do mundo observaram emocionados a chegada de helicóptero militar jordaniano que transportava o pontífice desde a vizinha Jordânia.

“O que esperamos dessa missa é que seja um momento de paz para todos, porque todos estamos buscando a paz, a força para ultrapassar as dificuldades e as diferenças e encontrar um amor comum”, afirmou a madre María Paz Valenzuela, nascida do Chile mas residente na cidade natal de Jesus.

“Porque todos somos humanos e a religião dá no mesmo”, afirmou com alegria e convicção. “Se ela não nos ajuda a ser mais irmãos, deixemo-la”, recomendou.

A religiosa, uma entre milhares, estava imersa no mar de fiéis em que se transformou a praça da Manjedoura de Belém, aos pés da igreja da Natividade que, segundo a tradição, viu Jesus Cristo nascer e onde o pontífice ofereceu uma grande missa antes de continuar sua peregrinação.

A alegria dos católicos se projetava nos milhares de bandeiras de todas as cores, representando as inumeráveis delegações de fiéis de todo o mundo mas, especialmente, as do Vaticano e da Palestina que cobriram a praça enquanto a emoção com a chegada do pontífice crescia.

Como a preparação do evento revelou, em um contexto complexo como a Terra Santa, a realidade política não ficou de lado durante a histórica visita.

A poucos metros de distância do palco onde oficiou a missa diante de 8 mil pessoas, um grande cartaz elevava a voz dos cerca de 5 mil palestinos nas prisões israelenses: “os presos da ocupação rogam por liberdade e dignidade”. EFE

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