Desemprego em SP aumenta pelo quinto mês consecutivo em junho, diz Dieese
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) divulgou nesta quarta (29) os números de desemprego de junho.
Na capital paulista e região metropolitana passou de 12,9% em maio para 13,2% no mês passado. Destes, 11,1% se dizem efetivamente desempregados e 2,1% estão no chamado “desemprego oculto”, quando o indivíduo procurou trabalho nos meses anteriores, mas não o faz no momento por desestímulo do mercado ou outra circnstâncias, além de quem tem trabalho precário ou não-remunerado e pretende mudar.
Em junho, o contigente de desempregados aumentou em 37 mil pessoas, chegando a 1,467 milhão na Grande São Paulo. 42 mil postos de trabalho foram eliminados.
A taxa é maior que do mesmo mês de 2014, quando a região metropolitana marcava 11,3% de desemprego. Em 12 meses, o contingente de desocupados aumentou em 232 mil pessoas, com a eliminação de 53 mil postos e a expansão da força de trabalho, com a chegada de 179 mil novas pessoas no mercado de trabalho.
Apenas o “desemprego aberto” subiu de 10,7% para 11,1%.
Capital e ABC puxam aumento
Apenas na capital, São Paulo, o desemprego aumentou mais que nas outras regiões metropolitanas, passando de 12,5% para 13,5%. No ABC o aumento foi de 12,7% para 13%.
Já nas outras cidades da região metropolitana, o desemprego diminuiu, de 13,5% para 12,8%. Mas, como São Paulo tem uma população bem maior, a queda da capital puxou o índice da região para baixo.
Ocupação por setor
Os ocupados foram estimados em 9,64 milhões de pessoas. O nível de ocupação geral caiu 0,4%.
O setor de Serviços puxou a queda, com eliminação de 63 mil postos de trabalho (-1,1%). Indústria de transformação (-0,5%, ou menos 7 mil) e Construção (-0,4%, ou menos três mil) também tiveram queda.
A exceção foi o setor de Comércio e Reparação de Veículos Automotores, e Motocicletas, que teve expressiva alta de 2,5%, com a geração de 41 mil postos de trabalho.
Além disso, houve “relativa estabilidade” no número da População Economicamente Ativa (PEA). 10 mil pessoas saíram da força de trabalho da região e a taxa de participação passou de 63% para 62,9%.
Por área
A pesquisa mostra ainda que caiu o número de empregados domésticos (-2,1%), assim como o de assalariados sem carteira assinada (-6,7%). Os de carteira assinada subiram levemente, 0,3%.
Rendimento
Entre abril e maio de 2015, aumentou o rendimento médio real de ocupados
(0,7%) e pouco variou o de assalariados (0,2%), passando a equivaler a R$ 1.941 e R$ 1.945, respectivamente, informa ainda o Diees.
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