Deslizamento em mina na Colômbia deixa número indeterminado de vítimas
Bogotá, 14 fev (EFE).- O deslizamento de uma mina de ouro em uma região remota e selvagem do departamento de Nariño, no sudoeste da Colômbia, deixou um número indeterminado de vítimas que as autoridades tentam confirmar, informou nesta sexta-feira Lina Dorado, do Escritório de Gestão de Risco do departamento.
O acidente aconteceu em uma mina a céu aberto em um ponto chamado La Profundidad, no município de Santa Bárbara de Iscuandé, disse à Agência Efe Lina, que ressaltou que esses são dados preliminares.
A dificuldade para acessar a região, na qual só se pode chegar de barco ou helicóptero, e confirmar as informações passadas pelos moradores do lugar levou a que distintas autoridades tenham contabilizado números díspares.
A Força Aérea Colombiana (FAC), que enviou helicópteros com socorristas disse, inicialmente, que tinha informação de dez pessoas mortas e 25 feridas, mas esses números não puderam ser confirmados.
O Sistema Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (SNGRD) afirmou em Bogotá que seus oficiais em Nariño reportaram que o deslizamento deixou 17 pessoas feridas e 15 soterradas, sem mencionar mortes.
O governo de Nariño, por sua vez, confirma que há 17 feridos, mas só tem informação preliminar de cinco desaparecidos.
De acordo com o SNGRD, o acidente ocorreu por volta das 11h20 horário local (14h20, horário de Brasília).
Para agilizar o resgate, a FAC disponibilizou helicópteros tipo “Ángel” para a retirada dos feridos mais graves, e transferiu as primeiras equipes de socorro e bombeiros de Pasto, a capital de Nariño, para a região.
“O acesso ao local é muito difícil. É uma região do Pacífico e só se pode chegar lá por via fluvial ou aérea porque não há estrada”.
Por enquanto, ainda são desconhecidas as causas do desastre, mas foi mencionada a possibilidade de que a mina de ouro funcionasse ilegalmente.
Na região convivem diferentes grupos armados, desde as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) até grupos narco paramilitares. EFE
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