Desmatamento na Amazônia Legal registra aumento de 29% entre 2012 e 2013

  • Por Agencia EFE
  • 10/09/2014 12h44

Rio de Janeiro, 10 set (EFE).- A Amazônia brasileira perdeu entre agosto de 2012 e julho de 2013 um total de 5.981 quilômetros quadrados de cobertura vegetal, uma área 29% superior à devastada nos 12 meses anteriores (4.571 quilômetros quadrados), informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

O dado divulgado nesta quarta-feira é uma revisão para cima dos números provisórios divulgados no final do ano passado, nos quais foi calculado que tinham sido destruídos 5.843 quilômetros quadrados nas mesmas datas, 1% a menos do que agora.

O aumento da devastação na maior floresta tropical do mundo pôs fim a um ciclo de quatro anos consecutivos de diminuição da poda.

No entanto, a área destruída no ano pluviométrico concluído em agosto de 2013 foi a segunda menor desde que o desflorestamento começou a ser medido com a ajuda de imagens de satélite, em 1988.

A área devastada em 2013 foi 79% inferior à registrada em 2004 (27.772 quilômetros quadrados), ano em que o governo iniciou um ambicioso programa para combater o desmatamento da Amazônia que incluiu o fechamento de várias madeireiras ilegais e a imposição de multas a empresas que criem gado em áreas florestais destruídas.

“Os resultados dos últimos anos demonstram a eficácia do Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento da Amazônia”, informou hoje em comunicado o Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (Inpe, por sua sigla em português), entidade responsável pela medição.

A área devastada foi calculada a partir da metodologia conhecida como Projeto de Vigilância do Desmatamento da Amazônia Legal (Prodes), que identifica zonas florestosas totalmente derrubadas ou incendiadas de menos de 6,25 hectares.

Para calcular o desmatamento em 2013, o Inpe utilizou 216 imagens do satélite americano Landsat 8.

Em seu plano contra a mudança climática, o Brasil se comprometeu voluntariamente a reduzir o desmatamento da Amazônia até 2020 em 80% em relação ao número de 1990, o que representa uma meta de destruição anual de 3.925 quilômetros quadrados.

O desmatamento é a principal causa no Brasil das emissões de dióxido de carbono, tanto pelos gases que são liberados com os incêndios florestais como pelo oxigênio que é deixado de gerar. EFE

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