Desmontada maior rede de pornografia infantil pela internet dos EUA
Washington, 18 mar (EFE).- O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos (DHS) anunciou nesta terça-feira a detenção de 14 pessoas e o desmantelamento da maior rede de exploração infantil online na história do país, da qual eram vítimas centenas de menores de, pelo menos, seis países.
O secretário do DHS, Jeh Johnson, acompanhado por representantes do Escritório de Imigração e Alfândegas (ICE), do Serviço de Inspeção Postal e da Promotoria do Distrito Leste da Louisiana, afirmou em entrevista coletiva que a operação envolvia, pelo menos, 251 menores, 39 estados dos EUA e de outros países. Ele informou que 14 pessoas foram detidas.
Dos acusados de administrar o site, 11 eram do estado da Louisiana, e todos estão sob custódia do ICE. A página contava com mais de 27 mil inscritos.
De acordo com os relatórios oficiais, alguns dos suspeitos se passavam por mulher nas conversas pela internet. Eles prometiam aos possíveis clientes colocá-los em contato ou conseguir as crianças, que teriam entre três e 17 anos de idade.
As 251 vítimas, que foram identificadas e contatadas pelas autoridades, foram localizadas, em sua maioria, em povoados de 39 estados diferentes dos EUA, conforme foi informado. A maioria deles tem entre 13 e 15 anos, e quase todos são do sexo masculino. As autoridades disseram que 23 das vítimas foram identificadas e localizadas na Austrália, Bélgica, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido.
“Nunca antes na história desta agência identificamos e localizado esta quantidade de vítimas menores de idade no transcurso de uma só investigação de exploração infantil”, disse Daniel Ragsdale, diretor-adjunto do ICE.
A rede foi detectada depois que um item foi enviado através do Serviço Postal americano a uma criança, afirmou James Kilpatrick, que está à frente do Centro de Crimes Cibernéticos do ICE.
O site fazia parte de serviço secreto na rede “Darknet”, que inclui páginas anônimas na web, e-mails e outros serviços que só podem ser acessados através de Tor, um software que garante o anonimato virtual. Segundo os investigadores, esta rede oculta é utilizada em algumas ocasiões para atividades ilícitas.
De acordo com os investigadores, há mais de 300 investigações abertas, nos Estados Unidos e no exterior, relacionadas com algum dos inscritos nesta página da internet.
Jonathan Johnson, de 27 anos, de Abita Springs (Louisiana), foi identificado como o principal administrador do site. Se for declarado culpado poderá ser condenado entre 20 anos de prisão a prisão perpétua, informou Kenneth Allen Polite, promotor da Louisiana. EFE
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