Detidos vários suspeitos de participar de ataques terroristas no Quênia

  • Por Agencia EFE
  • 18/06/2014 11h32

Nairóbi, 18 jun (EFE).- A polícia do Quênia prendeu várias pessoas supostamente envolvidas no ataque à cidade de Mpeketoni, onde no domingo passado 49 pessoas morreram, e no atentado que no dia seguinte deixou 10 vítimas em uma localidade próxima.

“Prendemos vários suspeitos relacionados ao ataque em Mpeketoni, incluídos o proprietário e o motorista de um dos veículos dos agressores”, afirmou nesta quarta-feira o inspetor geral da polícia do Quênia, David Kimaiyo, em sua conta no Twitter.

Kimaiyo não informou o número de presos nem a identidade dos supostos autores do ataque reivindicado pela milícia radical islâmica somali Al Shabab, embora tenha dito que entre os detidos há “alguns líderes”, que estão sendo interrogados.

Além disso, uma pessoa acusada de utilizar várias contas em redes sociais “supostamente utilizadas pela Al Shabab para reivindicar a autoria” dos ataques está sob custódia da polícia.

A milícia radical islâmica somali assumiu a autoria do ataque de Mpeketoni e da ação na cidade de Pomoroko, ambas no condado de Lamu.

No entanto, segundo o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, os homens armados que cometeram os atentados não eram membros da Al Shabab, mas dirigentes de “redes políticas locais” com interesse em instigar a violência étnica na região, muito próxima da ilha de Lamu, um dos principais pontos turísticos do Quênia.

Além disso, a polícia queniana destituiu o delegado de Mpeketoni, Aden Ali, que deverá ser julgado.

Kenyatta afirmou ontem que suspenderia os membros das forças de segurança que atuaram de forma negligente ao ignorar as informações do serviço de inteligência, que tinha advertido sobre a possibilidade de ataques.

A milícia somali justificou os ataques no Quênia como uma vingança pelo assassinato de clérigos muçulmanos no país e pela presença de tropas quenianas na vizinha Somália.

A Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda, controla vastas zonas do centro e do sul da Somália, onde o frágil governo ainda não tem condições de impor sua autoridade. EFE

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