Dez agentes morrem em confrontos com combatentes na Chechênia

  • Por Agencia EFE
  • 04/12/2014 08h10

(Atualiza com novos dados)

Moscou, 4 dez (EFE).- Dez policiais morreram e 20 ficaram feridos nesta quinta-feira no transcurso de uma operação contra guerrilheiros islamitas no centro de Grozni, capital da Chechênia, informou à “Interfax” uma fonte da Polícia nesta república do Cáucaso Norte da Rússia.

Nos confrontos, que se prolongam desde a madrugada, pelo menos sete combatentes armados morreram abatidos pela Polícia após haver se entrincheirado na Casa da Imprensa de Grozni e manter um tiroteio com uma patrulha policial.

A operação antiterrorista realizada pelas autoridades chechenas continua neste momento em torno de uma escola da capital, onde foi localizado outro grupo de até nove guerrilheiros.

O presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, explicou que a operação começou quando um grupo de combatentes armados que circulavam em três carros pela cidade abriu fogo contra uma patrulha policial que tentou detê-los para comprovar sua documentação.

A Polícia chechena, segundo Kadyrov, tinha recebido informação operacional acerca que um grupo de terroristas tinha chegado à cidade para preparar uma série de atentados planejados para o próximo dia 12 de dezembro, Dia da Constituição russa.

“Foram tomadas todas as medidas oportunas para frustrar esses planos”, assegurou Kadyrov, dizendo que os terroristas chegaram à república vindos de outros territórios da conflituosa região do Cáucaso Norte.

Por outro lado, o porta-voz da operação antiterrorista em Grozni desmentiu os rumores que circulam pela cidade acerca de que um grande grupo de guerrilheiros penetrou na capital da república.

“Falamos de 10 a 11 combatentes. Tudo o mais é uma mentira descarada e desavergonhada”, ressaltou o funcionário.

A Chechênia, onde as forças de segurança russas enfrentaram grupos terroristas durante uma década (1999-2009), cedeu às vizinhas Daguestão e Inguchétia a consideração de territórios mais instáveis da Rússia.

No entanto, os ativistas dos direitos humanos russos acusam Kadyrov de instaurar um regime policial em seu território.

A conflituosa região do Cáucaso Norte, integrada por sete repúblicas da Federação Russa, é palco de frequentes atentados e confrontos armados entre as forças russas e grupos islamitas. EFE

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