Dez países árabes formarão grupo de trabalho para proteger patrimônio do EI

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h44

Cairo, 14 mai (EFE).- O Congresso para a proteção do patrimônio regional ameaçado pelo terrorismo do grupo radical Estado Islâmico (EI) foi encerrado nesta quinta-feira por dez ministros com o compromisso de formar um grupo de trabalho e uma comissão consultiva.

O congresso internacional, que foi realizado ontem e hoje na capital egípcia, ficou centrado na situação do patrimônio e das antiguidades presentes na região que estão sendo ameaçadas pela violência e o saque por parte dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), especialmente no Iraque e Síria.

Na declaração final, lida pelo ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, os presentes precisaram que têm consciência das ameaças contínuas “à economia, segurança nacional e prosperidade cultural” devido ao saque e tráfico do patrimônio humano da região.

Os países participantes -Egito, Arábia Saudita, Emirados, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Sudão e Omã – acordaram “iniciar esforços conjuntos” para enfrentar essas ameaças.

Desta maneira, esses países se comprometeram a criar uma equipe de trabalho encarregada de lutar contra o saque, com um representante de alto nível de cada Estado participante, para coordenar os esforços regionais e internacionais para proteger o patrimônio cultural, impedir sua venda e recuperar o roubado.

Além disso, anunciaram a próxima formação de uma comissão consultiva internacional que ofereça conselhos e apoio a esse grupo.

Além disso, os encarregados iniciarão campanhas de conscientização sobre a importância de proteger o patrimônio regional contra as operações de perfuração e exploração, assim como sua compra e venda ilegal.

Os representantes árabes informaram também sobre a intenção de criar uma agência independente contra as operações de “lavagem de patrimônio”, para que receba as faturas falsificadas e trabalhe contra o tráfico de patrimônio em coordenação com organizações internacionais.

A região do Oriente Médio e do Norte da África desfruta de um grande e interessante patrimônio cultural que faz parte da identidade de suas civilizações, e onde o EI declarou um califado nas zonas sob seu controle, está sendo saqueado e vendido para financiar operações terroristas. EFE

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