Diante de erosão do bipartidarismo, Alemanha tenta coalizões

  • Por EFE
  • 02/05/2016 11h19
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BRU02. BRUSELAS (BÉLGICA), 19/02/2016.- La canciller alemana Angela Merkel ofrece una rueda de prensa al final del segundo día de una cumbre de la Unión Europea hoy, viernes 19 de febrero de 2016, en la sede del Consejo Europeo en Bruselas (Bélgica). Los líderes de la UE están tratando de discutir a un acuerdo con Gran Bretaña sobre las reformas, en medio de esperanzas de que puedan sellar un acuerdo que convencer al país a permanecer en su bloque. EFE/OLIVIER HOSLET Efe Angela Merkel

O fracasso nas últimas eleições regionais de conservadores e social-democratas alemães gerou inéditas coalizões no país, como a apresentada, nesta segunda-feira (2), no estado de Baden-Württemberg, liderada pelos ecologistas e com a CDU, partido de Angela Merkel, como membro minoritário.

A denominada coalizão “kiwi”, verde com pontos negros em sua coloração, atribuído na Alemanha aos conservadores, foi a opção escolhida após o naufrágio do Partido Social-Democrata (SPD), que tinha sido o parceiro dos ecologistas na última legislatura, depois de a CDU só alcançar 27% dos votos em um “Land” (o equivalente alemão a um estado) que governou quase seis décadas.

O populismo de direita do Alternativa para a Alemanha (AfD), que teve 15% dos votos, chegou a superar o SPD, e determinou o andamento das negociações em Baden-Württemberg, como também nos outros dois estados que realizaram eleições em março: Renânia-Palatinado e Saxônia-Anhalt.

Em um pronunciamento à imprensa, o verde Winfried Kretschmann, que será novamente o primeiro-ministro de Baden-Württemberg e que é o político mais bem avaliado do país, segundo as pesquisas, afirmou que o acordo de coalizão com a CDU abrange “mais do que o mínimo denominador comum”, em referência às diferenças programáticas que tiveram que ser resolvidas para fechá-lo.

Os Verdes, que já fizeram história nesse estado na legislatura passada ao deixarem de ser sócio minoritário e passarem a liderar um governo regional pela primeira vez na Alemanha, dão agora um novo passo para liderar uma coalizão com a CDU, principal força em nível nacional.

A outra coalizão inédita aconteceu no estado da Saxônia-Anhalt, onde o AfD conquistou 24% dos votos, se tornando a segunda força no “Land” e onde os partidos da grande coalizão governante não somaram maioria suficiente para repetir essa fórmula.

Decididos a deixar fora do Executivo essa nova direita de tinturas xenófobas, a única conformação possível foi a denominada coalizão “Quênia”, conservadores (negro), social-democratas (vermelho) e ecologistas (verdes), ratificada, na semana passada, no parlamento regional.

Na Renânia-Palatinado, a primeira-ministra social-democrata, Malu Dreyer, também se viu obrigada a ampliar a coalizão assinada com Os Verdes na última legislatura para incluir os liberais, um tripartite com poucos precedentes no país.

Fora desse governo “semáforo”, os liberais alemães, que são conhecidos pela cor amarela, ficaram com os conservadores da CDU e os populistas do AfD, que tiveram 12,6% dos votos. 

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