Diferença salarial entre negros e brancos no Brasil diminui em 10 anos
Rio de Janeiro, 30 jan (EFE).- A desigualdade salarial no Brasil entre negros e brancos reduziu entre 2003 e 2013, com o crescimento da renda dos primeiros em 51,4% e dos segundos em 27,8%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Apesar do crescimento dos salários dos trabalhadores negros, a renda dos afrodescendentes, que inclui também os mulatos, é 42,6% menor que a dos brancos, uma porcentagem que em 2003 era de 51,6%.
O salário médio mensal da população branca no Brasil no ano passado foi de R$ 2.396,74 por mês, enquanto o da negra foi de R$ 1.374,79.
Em 2013, a taxa de desemprego também foi maior para a população negra que para a branca, já que a primeira conta com 6,4% de desempregados, enquanto a segunda somente 4,5%.
No entanto, este dado mostra também uma redução considerável, já que em 2003 a taxa de desempregados entre os negros era de 14,7%, enquanto a dos brancos era de 10,6%.
Isso representa que durante os últimos dez anos, o desemprego entre os negros do Brasil reduziu em 8,3% e o dos brancos 6,1%.
Na opinião da coordenadora dos estudo sobre emprego e renda do IBGE, Adriana Araújo Beringuy, estes dados mostram que nos últimos anos houve avanços “importantes para grupos historicamente vulneráveis”. EFE
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