Dilma afirma que Brasil está de “braços abertos” para refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2015 18h18

São Paulo, 6 set (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que, apesar das dificuldades econômicas e da crise política, o país está de “braços abertos” para receber os refugiados, principalmente da Síria, que em seu êxodo em massa também têm o Brasil como destino.

Em pronunciamento gravado em vídeo para as redes sociais, pelo Dia da Independência, Dilma citou o caso do menino sírio Aylan Kurdi, de 3 anos, que morreu afogado junto à mãe e ao irmão no litoral da Turquia enquanto tentava realizar a travessia rumo à Europa.

De acordo com a presidente brasileira, a fotografia da criança morta em uma praia “comoveu a todos e deixou um desafio para o mundo”.

“Apesar dos momentos de dificuldade, de crise como a que estamos passando, temos nossos braços abertos para receber os refugiados”, declarou a presidente.

Dilma lembrou que o Brasil é um país formado por diversas correntes migratórias que chegaram em diferentes épocas em busca de melhores oportunidades ou fugindo de conflitos.

“Aproveito para reiterar a disposição do governo para receber os que, expulsos de suas pátrias, querem vir e viver aqui para trabalhar e contribuir para a prosperidade e paz do Brasil”, expressou.

A imigração de sírios aumetou desde 2011 e a previsão do governo é que esse número cresça ainda mais. Há quatro anos, 25% dos pedidos de asilo concedidos pelo governo foram de sírios.

Entre janeiro e julho deste ano, Brasil concedeu mais 10,4% permissões de refúgio que no mesmo período de 2014, para somar 8,4 mil nos sete primeiros meses de 2015.

A resolução que facilita a chegada de sírios ao Brasil tem validade de dois anos e está próxima a expirar. A ONG Conectas Direitos Humanos lidera com outras instituições um movimento para que o governo brasileiro prorrogue a medida diante da atual situação de conflito na síria.

Na sexta-feira passada, 220 imigrantes, entre eles 94 mulheres e 41 crianças, foram socorridos em águas do Mar Mediterrâneo por um navio da Marinha brasileira. EFE

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