Dilma atribui à UE responsabilidade por falta de acordo com o Mercosul
Brasília, 6 ago (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira a empresários agrícolas que o acordo comercial que esse setor exige entre o Mercosul e a União Europeia (UE) ainda não se concretizou por causa da “resistência” de alguns países europeus.
“Que parem de nos culpar, porque estamos prontos”, disse Dilma sobre a oferta que o Mercosul apresentará à UE para a retomada de negociações que duram 15 anos.
A presidente participou hoje de um encontro promovido pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA), no qual também estiveram presentes seus dois principais adversários na eleição presidencial, Aécio Neves e Eduardo Campos.
O tucano e o líder do PSB discursaram antes de Dilma e disseram que, se ganharem as eleições, se propõem a “flexibilizar” as normas do Mercosul, a fim de que o país possa negociar acordos comerciais de forma independente.
No entanto, Dilma alegou que não é por esses impedimentos que o bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela (embora este último não participe da negociação com a UE) não pôde retomar as negociações.
Segundo a presidente, a condição é que as ofertas de cada parte sejam apresentadas ao mesmo tempo, e a UE “ainda não concluiu a sua”. Ela afirmou que “na França, Hungria e Irlanda” há “problemas de apoio” e também disse que setores da política europeia argumentam que parte da crise que afeta o bloco comunitário se deve a sua abertura comercial.
Dilma disse que o Mercosul, “após muito esforço, chegou a uma oferta que muitos achavam que não seria alcançada”, mas reiterou que agora a UE “tem que terminar a sua”. EFE
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