Dilma dá posse aos 39 ministros de seu governo

Brasília, 1 jan (EFE).- Os 39 ministros do novo governo da presidente Dilma Rousseff tomaram posse nesta quinta-feira de seus cargos em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Pouco antes, Dilma foi empossada em um ato no Congresso. A presidente agradeceu aos ministros que estiveram no governo no seu primeiro mandato e chamou um a um os novos integrantes e os cumprimentou afetuosamente. Depois, pediu para que todos assinassem o documento de juramento do cargo.

Em seguida todos os ministros posaram junto com a governante em um dos salões do Palácio do Planalto para a fotografia oficial do novo governo.

Dilma, após complicadas negociações políticas nas quais teve que satisfazer a ampla aliança de partidos que apoia seu governo, manteve quinze ministros do primeiro mandato e trocou quatro de pastas.

Os outros 20 são as novidades de seu novo mandato e precisarão estar ao lado de Dilma para enfrentar os desafios do novo governo, entre eles um ajuste fiscal para recuperar a economia e as consequências da Operação Lava-Jato e da crise na Petrobras, que podem atingir aliados.

As disputas entre os partidos da base governista por cargos e espaço político obrigaram a presidente a anunciar as nomeações por etapas, processo que só terminou nas vésperas de sua posse.

Além das complicadas negociações políticas, a própria Dilma admitiu que a formação do gabinete foi dificultada pela possibilidade de que algum dos políticos que tinha em mente estivesse envolvido no escândalo da Petrobras, que está sendo investigado em segredo de justiça.

A renovação do gabinete começou no início de novembro, quando a presidente anunciou quatro ministros com perfil técnico para pastas da área econômica.

Os primeiros a serem nomeados foram Joaquim Levy, um economista independente com fama de defensor do corte dos gastos públicos, para a Fazenda; o líder empresarial Armando Monteiro para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o técnico Nelson Barbosa para Planejamento; além do economista Alexande Tombini, ratificado como presidente do Banco Central.

Apesar dos cuidados nas negociações, a governante terminou incluindo em sua equipe de ministros três políticos que enfrentam processos na justiça: a senadora Kátia Abreu, que assumiu o Ministério da Agricultura e responde por falsificação de selo público; o senador Eduardo Braga, nomeado ministro de Minas e Energia e processado por crimes eleitorais; e o deputado Hélder Barbalho, novo ministro de Pesca e investigado por mau desempenho na administração pública.

No Ministério das Relações Exteriores, Dilma substituiu o chanceler Luiz Alberto Figueiredo pelo até então embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mauro Vieira.

No novo gabinete ministerial existem representantes de dez partidos, que abrangem um amplo espectro político. A maior presença é de políticos do PT e do PMDB. EFE

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