Dilma destaca forte investimento em educação em cidades sedes da Copa
Brasília, 12 jan (EFE).- Por meio de sua conta no Twitter, a presidente Dilma Rousseff detalhou neste domingo os investimentos de seu governo em educação nas doze cidades que serão sedes da Copa do Mundo.
Dilma afirmou que o Ministério da Educação preparou um “interessante” levantamento das transferências de verbas para educação do governo federal destinadas às cidades sedes, avaliadas em R$ 49,4 bilhões em 2013.
Além disso, afirmou que a esse valor se pode acrescentar R$ 7,3 bilhões de financiamentos do Novo Fies e R$ 2,06 bilhões no Pronatec, ambos programas no setor da educação.
“No nosso governo, a prioridade à educação é real. Nunca se investiu tanto em educação porque acredito que este é o nosso passaporte para o futuro”, disse a presidente.
A divulgação da informação poderia ser uma mensagem para acalmar o ânimo dos movimentos sociais que convocaram, por meio da internet, para o dia 25 de janeiro um “primeiro grande protesto nacional” contra a Copa.
Durante a Copa das Confederações, no ano passado, ocorreram uma série de protestos contra os gastos dos eventos esportivos e os serviços prestados no país.
As manifestações são promovidas por uma articulação de movimentos sociais sob o lema “Não vai ter Copa”. Até agora, foi confirmada a realização de protestos em 35 cidades do país, incluindo as 12 sedes da Copa do Mundo.
Na convocação para as manifestações são denunciados diversos problemas sociais que, segundo os organizadores dos protestos, “o governo optou por esconder do mundo”.
Em primeiro lugar, é citado a insegurança nas ruas de um país no qual, segundo dados oficiais, “800 mil cidadãos morreram por disparos de algum tipo de arma de fogo” entre 1980 e 2010.
Também são criticados os altos índices de prostituição infantil, a precariedade da saúde pública, os elevados impostos, o pouco investimento em educação, a corrupção, a repressão que sofrem os movimentos sociais e as expropriações devido às obras necessárias para o Mundial.
Frente a essa convocação, Dilma sancionou na quarta-feira passada um decreto com iniciativas orientadas a construir novas vias de diálogo com os grupos opostos à Copa.
O decreto estabelece que a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelas relações com os movimentos sociais, será reforçada com dois funcionários de alto escalão.
Sua missão será “a promoção do diálogo com os movimentos e segmentos sociais por ocasião da Copa do Mundo de 2014”, diz o decreto publicado no Diário Oficial. EFE
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