Dilma diz que apoiará “regulação econômica” da mídia se for reeleita

Brasília, 26 set (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que um dos temas de seu novo mandato, caso seja reeleita, será avançar em direção a uma “regulação econômica” dos meios de comunicação, durante uma entrevista com um grupo de blogueiros no Palácio da Alvorada, em Brasília.

“A concentração leva a relações assimétricas”, opinou a governante. “Hoje, as pessoas demandam isso. Todo mundo percebe que há um setor que, como qualquer outro, tem que ser regulado, como portos, setor elétrico”, acrescentou.

Para Dilma, “em qualquer setor que se tem concentração de propriedade cabe regulação porque há uma assimetria imensa entre o proprietário e o resto dos cidadãos. Qualquer regulação tem uma base, que é a econômica”, citando a Constituição para defender sua posição. “Os meios de comunicação não podem ser objeto do monopólio e oligopólios. Portanto, cabe regulação”, frisou.

Além disso, a presidente afirmou que a regulação não significa o controle dos conteúdos. Para a petista, “uma coisa não tem nada a ver com a outra”. “Controle de conteúdo é coisa de país ditatorial, não é democrático”, declarou.

A governante insistiu que a regulação seria apenas “econômica” e com o objetivo de “impedir que relações oligopólicas se estabeleçam e se instalem”, o que “não tem nada de bolivariano”.

Mencionando mais uma vez a Constituição, a candidata do PT ainda defendeu exigências para a produção de conteúdo regionalizado, devido à diversidade cultural e regional do país, e afirmou que o oligopólio “também não dá conta de todo o potencial” do país. EFE EFE