Dilma diz que liberdade de manifestação “jamais” pode ser usada para matar
Rio de Janeiro, 10 fev (EFE).- A presidente Dilma Rousseff repudiou nesta segunda-feira a morte do cinegrafista da “TV Bandeirantes” Santiago Ilídio Andrade, atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, e afirmou que a liberdade de manifestação “jamais” pode ser usada para matar.
“A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem (para) depredar patrimônio público ou privado”, declarou Rousseff em uma série de mensagens no Twitter.
Segundo Dilma, a morte de Santiago, anunciada hoje pela Secretaria Municipal de Saúde, “lhe atiça e entristece”, considerando que “não é admissível que os protestos democráticos se desvirtuem por quem não tem respeito por vidas humanas”.
Na mesma série de mensagens, Dilma também anunciou que ordenou que a Polícia Federal (PF) “apoie” as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O cinegrafista, que foi ferido na cabeça na última quinta-feira, durante a cobertura de um protesto contra o aumento da tarifa dos ônibus municipais no Rio de Janeiro, teve morte cerebral hoje após passar dois dias internado na unidade de terapia intensiva do Hospital Souza Aguiar.
Segundo as autoridades, Santiago foi ferido por um rojão supostamente lançado por um manifestante. Ontem, a polícia deteve um suspeito de ter participado do lançamento do artefato, o tatuador carioca Fábio Raposo, de 22 anos, que foi preso na casa de seus pais, situada no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. EFE
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