Dilma diz que luta contra tráfico de pessoas exige ajuda da sociedade

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2014 18h43
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São Paulo, 6 mar (EFE).- A presidente Dilma Rousseff elogiou nesta quinta-feira a decisão da CNBB de lançar uma campanha para combater o tráfico de pessoas por causa das dificuldades de reprimir esse delito sem a ajuda da sociedade.

“O tráfico de pessoas ainda é um crime difícil de combater. Suas vítimas têm medo e vergonha de denunciar a prática. Por isso é decisiva a participação da sociedade por meio de campanhas como esta do CNBB”, disse a chefe de Estado no Twitter.

Dilma elogiou a iniciativa anunciada na véspera pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de dedicar a “campanha de fraternidade” deste ano à luta contra o “tráfico humano”.

Ela acrescentou que o governo conta desde 2006 com uma política para investigar e combater “sistematicamente este crime, que afeta principalmente mulheres jovens”, e divulgou a existência de um serviço telefônico específico para denunciar anonimamente.

“O tráfico humano é hoje, certamente, fruto da cultura que vivemos. A Campanha da Fraternidade, ao trazer à luz um verdadeiro drama humano, deseja despertar a sensibilidade de todas as pessoas de boa vontade”, disse o secretário-geral da CNBB, Leonardo Ulrich Steiner, durante a apresentação da campanha, ontem.

Também participou do ato o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que considerou “inaceitável que as pessoas sejam tratadas como objetos, como escravos”. “Não importa a modalidade deste crime. Tem que ser objeto de uma reação muito forte da sociedade moderna, do estado moderno”, comentou.

A campanha é respaldada pelo papa Francisco, que na quarta-feira pediu em mensagem aos brasileiros que se mobilizem contra “a praga social” que isso representa, pois “a dignidade é igual para todos”.

“Não é possível permanecer indiferente sabendo que existem seres humanos comprados e vendidos como mercadorias! Levemos em conta as crianças que tem os órgãos extraídos, as mulheres enganadas e obrigadas a se prostituir, os trabalhadores explorados, sem direitos, sem voz”, disse o pontífice na mensagem. EFE

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