Dilma e Biden conversam sobre “enorme potencial” de relação Brasil-EUA

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2015 20h24

Washington, 25 jun (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, que viajará a Washington na semana que vem, conversou nesta quinta-feira por telefone com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre os preparativos para a visita, adiada em 2013 devido ao escândalo de espionagens da NSA (agência de segurança nacional americana), e que vai acontecer nos próximos dias 29 e 30.

“O vice-presidente (Biden) expressou que o convite do presidente (Barack) Obama foi um reflexo de nosso compromisso de aproveitar o enorme potencial da aliança entre Estados Unidos e Brasil para o benefício dos povos americano e brasileiro”, informou a Casa Branca em comunicado.

Biden “elogiou a liderança de Dilma no desenvolvimento de uma agenda integral para impulsionar a cooperação bilateral em vários assuntos, incluindo a defesa, o comércio, a educação e a ciência e tecnologia”, acrescenta a nota.

Além disso, Biden “enfatizou a importância de trabalhar com o Brasil e outros aliados para produzir um acordo sólido sobre o clima em dezembro, em Paris, e a importância econômica de facilitar as viagens entre Estados Unidos e Brasil”, ainda de acordo com o comunicado.

Os Estados Unidos são um dos poucos países que entregaram até agora seu compromisso formal para reduzir as emissões de carbono a partir de 2020, um passo anterior à cúpula da mudança climática que será realizada em Paris, e Obama quer aproveitar o encontro com Dilma para conhecer os planos do Brasil a respeito.

Espera-se que Dilma e Obama fechem acordos em temas como comércio bilateral, conforme disseram hoje em conferência telefônica dois funcionários da Casa Branca, sem informar detalhes.

O encontro também servirá para repassar assuntos globais e regionais, entre eles a aproximação entre EUA e Cuba e a situação política na Venezuela. Segundo a Casa Branca, haverá debates sobre energia, defesa e educação.

Obama receberá Dilma com um jantar na Casa Branca na segunda-feira (29), depois da passagem da presidente por Nova York, onde se reunirá com diretores de empresas, e na terça-feira (30) os dois governantes terão uma reunião de trabalho no Salão Oval.

Os Estados Unidos querem “virar a página” com esta visita, segundo a Casa Branca, das tensões sobre as revelações de espionagem dos EUA no Brasil, que fizeram com que Dilma cancelasse sua visita a Washington em outubro de 2013 e causaram uma crise de confiança entre os dois países, que progressivamente se amenizou.

O assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, descartou hoje que Obama vá se desculpar durante a visita com Dilma pela espionagem cometida pela NSA, ao indicar que ambos já tiveram conversas “francas” a respeito e agora estão dispostos a deixar esse tema para trás e “seguir adiante”. EFE

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