Dilma inicia novo mandato com reuniões com Venezuela, China e Suécia

  • Por Agencia EFE
  • 02/01/2015 18h27

Brasília, 2 jan (EFE).- A presidente Dilma Rousseff dedicou sua agenda desta sexta-feira, segundo dia de seu novo mandato, a reuniões com os presidentes de Venezuela, Nicolás Maduro, e Guiné-Bissau, Mario José Vaz, assim como com o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven.

Os quatro políticos estrangeiros participaram ontem dos atos de posse de Dilma, assim como delegações de cerca de 70 países. Segundo fontes oficiais, foram debatidos diversos assuntos de cooperação bilateral, que no caso da Venezuela teriam tido foco na tentativa de recuperação da abalada economia do país, agora mais vulnerável por causa da queda dos preços do petróleo.

Maduro foi o primeiro presidente estrangeiro recebido hoje por Dilma e, segundo disse a jornalistas, durante a reunião ambos falaram sobre as possibilidades de que haja uma ajuda brasileira aos planos de “industrialização” do governo venezuelano.

“Já estamos articulados em bastante profundidade para planejarmos um processo de industrialização de maior nível tecnológico, de maior nível de investimento, no marco do Mercosul e da relação bilateral com o Brasil”, declarou Maduro.

O líder venezuelano também afirmou que seu país e o Brasil pretendem “dinamizar” suas relações principalmente no âmbito dos investimentos e de cooperação industrial, tecnológica, agrícola, agroalimentar e farmacêutica.

Outro ponto tratado na reunião com Dilma, segundo Maduro, foi a situação do mercado de petróleo. Na opinião do presidente da Venezuela, a queda dos preços deve ser usada para “motivar todo um país” a apoiar plenamente seu plano de recuperação, diversificar sua economia e vencer a “guerra econômica” que julga que seu país está enfrentando.

Durante essa reunião, que durou cerca de meia hora, Dilma e Maduro também decidiram retomar as reuniões bilaterais de periodicidade trimestral que seus respectivos antecessores, Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, tinham, mas que foram interrompidas nos últimos anos.

As reuniões com o vice-presidente chinês, o primeiro-ministro sueco e o presidente guineano foram de caráter mais protocolar, mas mesmo assim nelas foram abordados alguns aspectos das relações bilaterais, sobretudo no âmbito comercial.

A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil, e Dilma e Li Yuanchao discutiram alternativas para intensificá-las ainda mais, tanto bilateralmente como por meio do grupo Brics.

No caso da Guiné-Bissau, Dilma e Vaz analisaram o estado de diversos programas de cooperação nas áreas de agricultura familiar e educação que os dois governos desenvolvem há quase uma década.

Ontem, Dilma também se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que após esse encontro manifestou sua convicção de que as relações entre os dois países, abaladas em 2013 por causa um escândalo de espionagem, estão a caminho de uma plena normalização.

“É um novo ano, um novo começo”, disse Biden a jornalistas após sua reunião com a presidente, que segundo a agenda oficial do Planalto duraria dez minutos, mas se estendeu por quase uma hora.

Após a roda de encontros de hoje, Dilma viajaria para a Bahia, onde descansará até a próxima quarta-feira. EFE

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