Dilma nega que Lula esteja “ausente” da campanha de segundo turno
São Paulo, 14 out (EFE).- A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), negou nesta terça-feira que seu antecessor, o ex-presidente Lula, esteja ausente da campanha do segundo turno das eleições presidenciais.
“Lula não está ausente. Eu vivo falando com ele pelo telefone. Vamos fazer várias atividades juntos e ele vai a participar ativamente na campanha”, disse a presidente em entrevista coletiva em São Paulo ao ser indagada sobre a ausência de Lula na propaganda política de rádio e televisão.
Lula não acompanha as atividades de campanha de Dilma desde a primeira volta / primeiro turno, em 5 de outubro, quando Dilma teve 41,49% dos votos e Aécio Neves (PSDB), seu adversário direto agora, 33,55%.
Lula anunciou hoje uma série de atividades em regiões nas quais o PT ou partidos políticos da base aliada disputarão o segundo turno em que também pedirá votos para Dilma.
Ontem em Brasília Dilma disse que não sabia de um eventual desejo de Lula de concorrer às eleições em 2018, como insinuou o presidente do PT, Rui Falcão, mas afirmou que no que depender dela, irá ajuda-lo.
A entrevista aconteceu pouco antes do primeiro debate televisivo entre ela e Aécio.
“Estou bastante tranquila. Este debate é melhor, porque não são seis (candidatos) contra um. É uma situação diferente”, afirmou.
Dilma também rebateu as acusações do tucano sobre o “medo” que o PT estaria mostrando na propaganda eleitoral.
“Não estou assustada, nem nervosa. Vamos ter uma discussão séria. A realidade não tem vacinas”, afirmou Dilma, que disse esperar o debate para abordar “assuntos que ele vai ter de explicar” sobre quando era governador de Minas Gerais.
Para Dilma, os eleitores têm que saber “porque o PSDB produziu (em Minas Gerais) a segunda maior dívida de todos os estados brasileiros. Com um ajuste de gestão que os levou a não investir nas áreas de saúde e educação”.
Ela evitou comentar as pesquisas de intenção de voto, em que aparece tecnicamente empatada ou atrás de Aécio.
“Nunca comentei pesquisas, nem as que me favoreceram nem ao contrário”, ressaltou a presidente, para quem “a pesquisa é importante, mas é uma amostra. A pesquisa infalível é o voto na urna”.
Sobre os escândalos de corrupção na Petrobras, afirmou que “temos e podemos resolver esse problema institucionalmente” e acrescentou que seu governo vai “punir corruptos e corruptores. Investigar, julgar e punir, porque reconhecemos que neste país o grau de impunidade é alto”. EFE
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