Dilma: País está perdendo luta contra o aedes, mas vai ganhar a guerra
A presidenta Dilma Rousseff em entrevista coletiva após reunião sobre ações de combate ao mosquito Aedes aegyptiA presidenta Dilma Rousseff em entrevista coletiva após reunião sobre ações de combate ao mosquito Aedes aegypti
A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta sexta-feira que o governo está “perdendo a luta” contra o mosquito Aedes aegypti, mas garantiu que o País vai vencer a “guerra”. Ela visitou nesta manhã a Sala Nacional de Coordenação e Controle para Enfrentamento de dengue, chikungunya e zika.
“Nós estamos perdendo a luta contra o mosquito. Não vou dizer que estamos ganhando, mas nós vamos ganhar esta guerra”, disse Dilma após participar de uma teleconferência com governadores de cinco Estados que enfrentam o aumento do número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito.
Ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Castro, a presidente disse que não viu problema nas recentes declarações do peemedebista. Segundo ela, ele fez apenas uma “constatação da realidade”. No início da semana, Castro afirmou que o Brasil “perdeu feio” a batalha contra o Aedes aegypti e disse que houve uma “certa contemporização” com o inseto nos últimos 30 anos.
Dilma afirmou que, como ainda não há uma vacina contra a dengue e o zika, o ideal é que haja uma mobilização de toda a sociedade para eliminar pontos de água parada e erradicar os criadouros do mosquito. Segundo ela, o próprio governo vai dar o exemplo e realizar nesta sexta um mutirão de faxina em todos os prédios públicos.
“Temos que matar o mosquito de preferência antes de ele nascer. Depois podemos fazer o fumacê, mas aí já perdemos uma parte da guerra”, reforçou.
Mesmo com a necessidade de ajuste nas contas, Dilma afirmou que o governo vai garantir todos os recursos e equipamentos necessários para combater o mosquito. “Não pode faltar dinheiro para essa questão, essa despesa da saúde não sofre contingenciamento”, afirmou.
A presidente negou ainda que o governo tenha demorado para enfrentar o problema e destacou que a situação preocupa não só no Brasil, já que podemos estar diante de uma “situação internacional que ameaça a saúde publica”.
Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o zika vírus já atinge 23 países e que a doença “se propaga de maneira explosiva” pelo continente americano.
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