Dilma pede ao BID que invista mais na integração regional

  • Por Agencia EFE
  • 29/03/2014 23h44

Costa do Sauípe (Brasil), 29 mar (EFE).- A presidente Dilma Rousseff pediu neste sábado, na inauguração da 55ª Assembleia de governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que o órgão faça mais investimentos para a integração regional.

Na cerimônia, que contou com a participação de ministros de economia e representantes dos 48 países-membros, o ministro da Economia do Panamá, Frank de Lima, passou para a ministra brasileira de Planejamento, Miriam Belchior, a presidência da Assembleia de Governadores do BID.

Após um breve balanço feito por Frank de sua gestão nesse posto, Belchior foi escolhida por aclamação, e estará à frente da 56ª Assembleia do BID e da de Governadores da Corporação Interamericana de Investimentos.

A ministra brasileira destacou que, com sua eleição, pela primeira vez uma mulher ocupa estes postos na história da instituição multilateral de crédito, fundada em 1959 no Brasil.

Já Dilma pediu em seu discurso na cerimônia inaugural para que o BID eleve seus investimentos em projetos de integração regional em seu discurso na cerimônia inaugural.

“O financiamento à implantação e à modernização de toda essa infraestrutura, com destaque para integração regional, deve ser uma linha de atuação preferencial do BID”, disse a presidente.

O investimento do BID é considerado necessário porque a América Latina se transformou em uma região forte dentro um processo de integração que a transformou em um dos maiores mercados de consumidores do mundo. E acrescentou que essa integração exige enormes investimentos em portos, aeroportos, estradas e ferrovias, e que o financiamento de toda essa estrutura deve ser uma das missões do BID.

“À medida que os países da América Latina e do Caribe intensificam suas relações políticas e econômicas, emerge um enorme mercado com potencial de crescimento associado à circulação de mercadorias e de pessoas na região, bem como aos investimentos sociais e em infraestrutura e à troca de experiências e cooperação em favor do desenvolvimento nacional e regional”, destacou.

Ela também disse que a região espera que o organismo financeiro mantenha seu apoio aos países em dificuldades. “A importância do mandato histórico do BID está em apoiar seus países membros, inclusive nos momentos em que passam por desafios conjunturais”.

O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, destacou a necessidade dos países de melhorarem suas políticas de bom governo para atender às maiores reivindicações da nova classe média e do papel do setor privado para o desenvolvimento.

“Um objetivo fundamental deve ser a melhora da capacidade de nossos governos para tramitar melhor os recursos e fornecer melhores serviços. Precisamos fortalecer institucionalmente onde operamos” afirmou Moreno.

“Nesse contexto, é preciso lembrar que o setor privado tem um papel crucial na busca do crescimento sustentável e da igualdade de oportunidades em toda a América Latina”, acrescentou.

Moreno voltou a expressar a vontade do BID de se aproximar e colaborar com o setor privado, um processo que a instituição pan-americana iniciou e está acelerando.

“No BID estamos convencidos do papel do setor privado como instrumento para potencializar o crescimento na região. É por isso que justamente empreendemos um processo de reformas para promover nossa capacidade de desenvolvimento e a redução da pobreza” explicou.

A assembleia do BID termina neste domingo com a publicação de seu relatório macroeconômico, que analisará as perspectivas econômicas e financeiras da América Latina no médio e no curto prazo. EFE

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