Dilma pede austeridade a ministros para equilibrar contas públicas
Brasília, 27 jan (EFE).- A presidente Dilma Rousseff pediu nesta terça-feira a seus ministros que sejam austeros com as despesas e que façam “mais com menos” para equilibrar as maltratadas contas públicas sem pôr em perigo a continuidade das políticas sociais.
“As conquistas sociais dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia”, afirmou Dilma em discurso perante seus 39 ministros e vários assessores, na primeira reunião do novo gabinete desde que assumiu seu segundo mandato.
Em seu discurso, a governante defendeu a “necessidade” das medidas econômicas que seu governo anunciou em 1º de janeiro, dia de sua posse, dirigidas à contenção de despesas, ao aumento dos impostos e à restrição do crédito.
Segundo Dilma, estas medidas de “ajuste” não implicam que o governo tenha alterado “nem um milímetro” do projeto que apresentou nas eleições de outubro do ano passado, quando prometeu aumentar a despesa social e os investimentos.
Perante seu novo gabinete, a presidente citou várias propostas que seu governo impulsionará no primeiro semestre deste ano, incluindo um plano de estímulo às exportações e um programa de redução da burocracia.
Dilma também anunciou o lançamento de uma nova bolsa de concessões para impulsionar os investimentos em infraestrutura, em setores como estradas, portos, aeroportos e vias fluviais.
No discurso, a presidente afirmou ainda que será “intransigente” com a corrupção, e pediu a seus ministros que sejam “íntegros” e “firmes” no combate a qualquer irregularidade que seja detectada em suas pastas.
No plano político, Dilma anunciou que no primeiro semestre apresentará ao Congresso o projeto de reforma política, que, entre outras medidas, prevê novas normas no financiamento das campanhas. EFE
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