Dilma pede “calma” com a Venezuela porque ruptura acabaria em sangue

  • Por Agencia EFE
  • 11/04/2015 21h11
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Cidade do Panamá, 11 abr (EFE).- A presidente Dilma Rousseff declarou neste sábado que é “importante” que os países do continente americano analisem com “calma” a situação na Venezuela, pois uma ruptura democrática nesse país poderia desembocar em “um conflito sangrento”.

“Os países da região têm que colaborar para que haja um diálogo” entre o governo e a oposição venezuelana, disse Dilma em entrevista coletiva após uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no marco da VII Cúpula das Américas, realizada no Panamá.

As últimas sanções que a Casa Branca aplicou a sete funcionários venezuelanos por meio de uma ordem executiva que declara esse país como uma “ameaça” para a segurança dos Estados Unidos foi um dos assuntos mais polêmicos da Cúpula do Panamá.

“A Venezuela não é nenhuma ameaça para os Estados Unidos”, ressaltou a presidente, cujo governo apoiou uma moção da Venezuela no sentido de incluir uma condenação a essas sanções no documento final da cúpula, o que foi rejeitado por EUA e Canadá.

Pela falta de consenso, a VII Cúpula das Américas concluirá hoje sem um documento conjunto, que será substituído por um relatório da presidência panamenha sobre a reunião.

Perguntada sobre a situação dos opositores venezuelanos e em particular daqueles que permanecem detidos, como o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, Dilma considerou que se trata de um assunto interno sobre o qual não deve opinar.

“Respeito, não interfiro e não comento sobre os que estão presos na Venezuela, assim como não opino sobre os presos em Guantánamo”, comentou.

“É importante que toda a região tenha tranquilidade e calma em relação à Venezuela, porque se houvesse uma ruptura democrática isso poderia levar a um conflito sangrento e não seria bom para ninguém”, alertou.

Além do diálogo, Dilma salientou que é necessário que “tanto o governo como a oposição sejam respeitados, e também que se respeitem” entre eles. EFE

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