Dilma pede trabalho de equipe para recuperar fluência comercial do Mercosul

Paraná (Argentina), 17 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira para seus colegas do Mercosul a recuperação da “fluência” comercial do bloco, cuja economia, advertiu, será afetada pela queda no preço internacional do petróleo.

Ao discursar no plenário de presidentes realizado hoje na cidade argentina do Paraná, Dilma disse que desde sua formação o comércio intrabloco cresceu 12 vezes, uma taxa superior à evolução mundial.

Isso, afirmou, não põe à união integrada pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela em uma “posição de comodidade, mas diante de um desafio”.

Dilma destacou que o Mercosul continua sendo o principal receptor do investimento estrangeiro direto na América Latina e que a “força” do bloco se viu demonstrada durante a recente crise global.

Para presidente, que hoje assumirá a titularidade temporária do bloco, o Mercosul “cresceu muito com a adesão plena da Venezuela e aumentará ainda mais sua importância” quando a Bolívia se somar definitivamente.

Dilma disse que o comércio do Mercosul é “de qualidade”, exportando não só matérias-primas, mas também bens industriais de alto valor agregado, e assinalou que o “futuro do bloco terá que estar baseado no reforço dessa tendência”.

“Temos que trabalhar para recuperar a fluência do comércio”, disse a presidente ao defender um “ambiente com regras claras e disciplinas” comerciais no bloco.

Mas advertiu que a queda no preço internacional do petróleo “vai afetar todas as economias da região”.

“Diante deste cenário temos que dobrar nossa aposta pela integração regional, reforçar nossa aposta. Temos a determinação de todos os países. Temos que fazer do Mercosul uma união aduaneira cada vez mas forte”, assinalou.

Ela também manifestou a necessidade de avançar nas negociações com a União Europeia para a criação de uma área de livre-comércio. EFE

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