Dilma recusa carta credencial do embaixador da Indonésia
Brasília, 20 fev (EFE).- A presidente Dilma Rousseff se recusou a receber a carta credencial do novo embaixador da Indonésia, país que fuzilou o brasileiro Marco Archer por tráfico de drogas e que mantém outro no “corredor da morte”.
O diplomata indonésio Toto Riyanto deveria entregar sua carta credencial nesta sexta-feira, em cerimônia na qual fizeram o mesmo os novos embaixadores da Venezuela, María Lourdes Urbaneja; Panamá, Edwin Emilio Vergara, e El Salvador, Diana Marcela Vanegas, entre outros.
No entanto, e apesar de ter comparecido à cerimônia, Riyanto foi informado que a presidente não receberia seus credenciais, sendo assim não poderá representar oficialmente a Indonésia no país.
“Achamos que é importante que haja uma evolução da situação para esclarecer em que condições estão nossas relações com a Indonésia”, disse a presidente a jornalistas após a cerimônia. Segundo a governante, o que foi feito “foi adiar o recebimento das credenciais, nada além disso”.
No dia 17 de janeiro, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado na Indonésia, onde havia sido condenado à morte por tráfico de drogas.
A execução foi realizada apesar de vários pedidos de clemência feitos pela presidente brasileira, que no mesmo dia conversou com o embaixador brasileiro na Indonésia e afirmou que “a pena de morte, que a sociedade mundial condena cada vez mais, afeta gravemente as relações” entre ambos países.
Dilma também pediu clemência para Rodrigo Muxfeldt Gularte, outro brasileiro que permanece no “corredor da morte” de uma prisão indonésia à espera da definição da data do fuzilamento.
No caso de Rodrigo Gularte, as próprias autoridades da Indonésia admitiram que o brasileiro sofre de esquizofrenia, motivo pelo qual o Brasil pediu a suspensão da execução para seja internado, mas ainda não recebeu resposta. EFE
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