Dilma tenta convencer EUA de que o Brasil tem potencial para receber investimentos
A presidente Dilma Roussef está nos Estados Unidos com uma comitiva de mais de 90 integrantes, um ano e nove meses depois de suspender uma visita ao país. Com o encontro, o governo brasileiro tenta mostrar para que tem potencial de atração de investimentos e uma agenda positiva.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que sofreu uma embolia pulmonar leve na sexta-feira (26), viajou mesmo assim e se diz otimista com as negociações. “A gente tem bastante coisa para fazer, a economia está em um momento importante, então acho que é uma oportunidade boa”, afirma.
O ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, também acompanha as reuniões e cita a necessidade de ampliar as exportações. “O reequilíbrio fiscal impõem no curto prazo uma certa retração da atividade econômica doméstica e é exatamente por isso que o canal do comércio exterior se apresenta como uma oportunidade irrecusável”, explica.
A pesquisadora do Petersen Institute, economista Mônica de Boyle, considera a viagem de quatro dias fundamental para o país. “É para passar duas mensagens, a primeira é que o Brasil está colocando a cada em ordem e está fazendo políticas para tentar resgatar o crescimento; a segunda mensagem mostra que o país tem oportunidade de investimento”, considera.
Falando a Denise Campos de Toledo, o economista Cláudio Frischtak, ex-integrante do Banco Mundial, diz esperar acordos na área da infraestrutura. “O custo econômico é uma coisa bastante clara de que o mercado americano é o maior mercado do mundo e estamos no polo oposto, uma situação muito difícil em que o governo confia que a solução vai se dar pelo setor externo e pela infraestrutura”, e lembra, no entanto, que os acordos serão de médio e longo prazo.
A presidente Dilma Roussef viajou no sábado (27) e volta na quarta (01) depois de passar por Nova York, Washington e São Francisco.
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