Dilma veta projeto de aumento de crédito e dribla inadimplência
Veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto que aumenta o limite do crédito consignado traz alívio à inadimplência em um ano de crise. Dilma derrubou a matéria que elevaria o desconto na folha de 30% para 40% da renda do trabalhador.
Segundo especialistas ouvidos pelo repórter Victor La Regina, a medida comprometeria ainda mais as contas dos brasileiros este ano. O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, explica como esse tipo de crédito é nocivo ao bolso. “Se eu tinha 100% líquido agora eu vou ter 30% a menos porque eu busquei um crédito e esse crédito vai diretamente na minha conta, ou seja, eu tenho que derrubar o meu padrão de vida em 30%”, e completa, “como a ideia era passar para 40%, isso ia ficar mais comprometido ainda, imagina 40% já comprometido em dívida?”. De acordo com o educador financeiro, a procura pelo crédito consignado aumenta em momentos difíceis da economia.
Os bancos também preferem a operação por considerá-la mais segura, como ressalta a superintendente para assuntos financeiros do Procon, Renata Reis. “A questão é que hoje esse tipo de operação tem sido a galinha de ovos de ouro para as instituições financeiras. Infelizmente o consumidor quando recebe essa oferta de crédito constante, acaba ficando em uma situação de endividamento contínuo, então, se realmente esse percentual fosse aumentado, haveria um agravamento para o orçamento do consumidor”, explica.
Para os aposentados, as maiores vítimas do crédito consignado, o INSS aumentou o prazo para o pagamento do empréstimo para seis anos.
Em decreto publicado no Diário Oficial da União, a presidente Dilma argumenta que a medida ampliaria o endividamento das famílias brasileiras.
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