Dinamarca proibirá entrada de religiosos radicais no país
O governo da Dinamarca informou, nesta terça-feira (31), que entrou em acordo com outros três partidos para proibir a entrada no país de religiosos estrangeiros radicais, assim como impor sanções penais para aqueles que aprovarem atos criminosos.
As autoridades dinamarquesas criarão duas listas para “religiosos estrangeiros com opiniões e valores que contradigam os valores dinamarqueses fundamentais”: uma pública, com nomes e sobrenomes; e outra “de observação”, que não será divulgada, para cidadãos da União Europeia (UE), aos que não se pode negar a entrada antecipadamente.
“Penso que é de muita coragem que, como país, digamos que não vamos aceitar que qualquer um venha para cá e faremos isso com total abertura, o que vai nos ajudar a nos definir como nação”, declarou a ministra de Integração dinamarquesa, Inger Stojberg, garantindo que seu país é o pioneiro nessa linha.
O governo liberal em minoria alcançou, após dois meses de negociações, o apoio dos conservadores, ultranacionalistas e social-democratas.
As conversas começaram após a divulgação pelo canal “TV2” de um documentário gravado com câmera escondida em várias mesquitas, nas quais os islâmicos defendiam, por exemplo, a violência física contra mulheres adúlteras.
A porta-voz da Aliança Vermelha e Verde Lista Unitária, quarta força parlamentar, Pernille Skipper, ponderou, por outro lado, que a proibição “não é o caminho adequado” e ressaltou que as opiniões extremistas não desaparecem por não serem permitidas.
A criação de listas para religiosos faz parte de um plano anti-radicalização que transformará em violação penal quem defender na educação religiosa o terrorismo, assassinato, violência sexual, incesto e outros atos violentos.
De acordo com o plano, as associações que minam a democracia deixarão de receber o apoio público e o monitoramento em escolas privadas vai aumentar, que formará a base de um projeto de lei que será apresentado no Parlamento.
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