Dinheiro que teria sido desviado por Maluf pode ser usado no Pq. Augusta ou em creches

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2015 15h39
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BRASÍLIA, DF. 01.02.2015: CÂMARA-POSSE - Cerimônia de posse dos deputados eleitos para ocupar as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados (2015-2019). Entre os que tomarão posse, 289 são deputados reeleitos, 26 já tiveram mandato em algum momento e 198 são novos deputados que chegam à Câmara Federal pela primeira vez. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress) Sérgio Lima/Folhapress Paulo Maluf na cerimônia de posse dos deputados eleitos

Dinheiro de bancos que teriam movimentado valores desviados pelo ex-prefeito Paulo Maluf pode ser utilizado para adquirir área do parque Augusta.

O Ministério Público de São Paulo anunciou um termo de ajustamento de conduta com a instituição suíça UBS e a americana Citibank.

Em uma indenização aos cofres públicos, os dois bancos vão ceder valores que chegam a US$25 milhões de dólares.

O MP considera que eles não tiveram culpa no que aponta como desvios cometidos na gestão Maluf e que apenas movimentaram o dinheiro

Os desvios teriam ocorrido nas obras de construção da antiga avenida Água Espraiada, hoje Roberto Marinho, e do Túnel Ayrton Senna.

90% do dinheiro vai para a Prefeitura e o restante para o Estado; o promotor Silvio Marques defende que a verba seja aplicada no parque.

Apesar disso, o município apresentou uma alternativa à destinação do dinheiro: que ele seja colocado na construção de creches.

Falando a Tiago Muniz, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, diz que há pendências jurídicas que podem impedir o uso da verba no parque. “Talvez o recurso necessário para a desapropriação não seja o suficiente. Então nós vamos verificar a viabilidade jurídica e financeira para que a prefeitura possa fazer a aquisição”, explicou. “Se não for possível, vai ter acompanhamento do Ministério Público e, para o dinheiro não ficar parado, vai ser usado em creches”, disse o prefeito.

O parque

O terreno do parque Augusta fica na rua de mesmo nome entre a Caio Prado e a Marquês de Paranaguá, na região central da capital paulista.

As atuais proprietárias da área são duas construtoras que pretendem realizar empreendimentos imobiliários no local.

Atualmente, o terreno é ocupado por manifestantes que se revezam e tentam evitar a reintegração de posse.

O prefeito afirmou ainda que as duas construtoras vão ser chamadas para discutir uma nova destinação da área.

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