Diplomata americano que esteve na Libéria deixa Nicarágua rumo aos EUA

  • Por Agencia EFE
  • 13/04/2015 21h13

Manágua, 13 abr (EFE).- O diplomata americano Kenneth Wayne Mclean, de 51 anos, que estava isolado em quarentena na Nicarágua por ter permanecido os últimos três meses na Libéria, foi repatriado nesta segunda-feira aos Estados Unidos.

O diplomata viajou em um avião comercial que saiu de Manágua à tarde rumo a Miami, no sul dos Estados Unidos, indicou o site do governo da Nicarágua, “El 19”.

A Nicarágua reportou hoje que o americano, que trabalhava para a Embaixada dos Estados Unidos em Manágua, esteve “isolado” em sua casa porque chegou da Libéria e no país visitou locais em que há atendimento a pacientes de ebola.

“O próprio cidadão americano, funcionário da Embaixada dos Estados Unidos, declarou aos epidemiologistas do país seus antecedentes por ter estado em instituições de saúde na Libéria, onde há atendimento a pacientes com ebola durante seus três meses de estadia nesse país”, indicou o Ministério da Saúde (Minsa) em comunicado.

A embaixada dos Estados Unidos na Nicarágua informou que o funcionário esteve na Libéria, mas “em nenhum momento esteve em contato com pacientes contaminados pelo ebola”.

A primeira-dama nicaraguense e coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania, Rosario Murillo, disse que as autoridades de Saúde acompanharam o caso e aplicaram os protocolos adequados a este tipo de situação.

“Segundo os protocolos sanitários em nível mundial, todo cidadão que tenha estado em um dos países em que há epidemia de ebola, ou que tenha tido contato com instalações médicas e/ou sanitárias nesse país, deve obedecer às condições de isolamento ou quarentena por causa do risco de contaminação pelo vírus”, explicou.

“Fomos reportados pelo Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, da chegada desta pessoa ao nosso país. É uma pessoa que esteve nos últimos três meses na Libéria e é um dos países (onde há) um alerta epidemiológico”, especificou.

“Este é um caso como muitos que se apresentam em muitas partes do mundo. A pessoa não tem sintomas. É uma precaução. É uma prevenção e temos que cumprir esses protocolos, dos quais somos signatários como país membro das Nações Unidas”, apontou.

O diplomata entrou na Nicarágua ontem, segundo a imprensa oficial.

A Libéria, no litoral oeste do continente africano, foi, junto de Serra Leoa e Guiné, uma das nações mais afetadas pela epidemia de ebola que surgiu ano passado.

Em outubro de 2014, o governo da Nicarágua decidiu isolar qualquer pessoa que tenha estado nesses três países como parte das medidas para prevenir o ebola. Além disso, uma equipe médica do Ministério da Saúde opera no terminal aéreo de Manágua com três câmaras térmicas que medem a temperatura corporal de todos os passageiros que desembarcam na Nicarágua. EFE

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