Direção da Samarco será indiciada por homicídio

  • Por Agência Estado
  • 05/02/2016 17h50
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O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Inicialmente, a mineradora havia afirmado que duas barragens haviam se rompido, de Fundão e Santarém. No dia 16 de novembro, a Samarco confirmou que apenas a barragem de Fundão se rompeu. Local: Distrito de Bento Rodrigues, Município de Mariana, Minas Gerais. Foto: Rogério Alves/TV Senado Rogério Alves/TV Senado Samarco deverá entregar uma nova versão do documento até o dia 17 de fevereiro

A direção da Samarco será indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais pelo homicídio de 19 pessoas no rompimento da barragem da empresa em Mariana, há três meses. A informação é do delegado Rodrigo Bustamante, responsável pelo inquérito que investiga a queda da represa.

Até o momento foram confirmadas 17 mortes. Duas pessoas estão desaparecidas. Porém, segundo o delegado, pelo tempo decorrido já é possível considerar os dois desaparecidos como mortos. Conforme Bustamante, falta definir apenas se o indiciamento será doloso ou culposo.

O delegado não quis fala sobre os nomes dos diretores que serão indiciados. Em 13 de janeiro, a Polícia Federal indiciou o então diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, o diretor de operações da mineradora, Kleber Terra, e outros cinco executivos por crime ambiental. Ambos se afastaram da empresa.

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