Diretora do Escritório de Recursos Humanos dos EUA renuncia após cibertaque

  • Por Agencia EFE
  • 10/07/2015 17h04
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Washington, 10 jul (EFE).- A diretora do Escritório de Recursos Humanos do governo dos Estados Unidos (OPM), Katherine Archuleta, renunciou a seu posto nesta sexta-feira depois que ontem foi divulgado que o ataque cibernético revelado em junho afetou mais de 21,5 milhões de pessoas de seu departamento.

Archuleta, primeira latina a ocupar este cargo, foi pessoalmente hoje à Casa Branca para informar ao presidente Barack Obama sobre sua decisão, por considerar que a agência precisa de “uma nova liderança” para enfrentar “os desafios atuais”.

“Nesta manhã o presidente aceitou a renúncia de Katherine Archuleta, a diretora do Escritório de Recursos Humanos. A saída de Archuleta será efetivada após o dia de hoje”, confirmaram à Agência Efe funcionários da Casa Branca.

“Archuleta deixou claro ao presidente que ela achava que era melhor afastar-se da direção e deixar que uma nova liderança permita à agência enfrentar os desafios atuais e que os funcionários da OPM continuem com seu importante trabalho”, acrescentaram as mesmas fontes.

Após a renúncia de Archuleta, o cargo será ocupado interinamente pelo subdiretor da OPM, Bet Cobert, até que se designe um substituto permanente.

Quando Archuleta assumiu seu cargo, em novembro de 2013, a Casa Branca destacou que se tratava da primeira latina a ocupar esse posto, após ter trabalhado durante dois anos como chefe de gabinete da então secretária de Trabalho, Hilda Solís, e como assessora de Federico Peña quando ocupou a Secretaria de Energia.

Archuleta já sofria pressões para renunciar a seu cargo desde o mês passado, quando se tornou público o primeiro dos dois ataques informáticos que comprometeu a informação de 4,2 milhões de funcionários federais.

Nas revelações desta quinta-feira, a OPM informou que os “hackers” roubaram dados pessoais, incluindo números de previdência social e outras informações sensíveis de 21,5 milhões de pessoas.

Destas, 19,7 milhões são pessoas que foram submetidas ao controle de segurança do governo, na maioria dos casos gente que buscava um emprego na Administração, nas empresas prestadoras de serviços para o Estado e outros indivíduos vinculados ao setor público.

Já os outros 1,8 milhões restantes são familiares de alguns dos anteriores.

Além dos registros da previdência social, os hackers também tiveram acesso a endereços e históricos financeiros e de saúde.

Apesar de não haver uma confirmação oficial de quem esteve por trás do ataque, são várias as vozes nos EUA, tanto na imprensa quanto na política, que garantem que os responsáveis foram hackers chineses.

Segundo o jornal “The Washington Post”, a China está elaborando “bases de dados maciças com informações pessoais de americanos”, a fim de “recrutar espiões ou conseguir mais informações sobre um adversário”.

O governo chinês, por sua vez, garantiu que não há “provas científicas” que o relacionem com esses ataques. EFE

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