Dirigente diz que houve dinheiro da Odebrecht na campanha de Santos na Colômbia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/03/2017 15h10
Reprodução Twitter Juan Manuel Santos

Ex-responsável pela equipe eleitoral do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Roberto Prieto disse que a construtora brasileira Odebrecht pagou cerca de US$ 400 milhões a um vendedor para a impressão de 2 milhões de folhetos para a campanha. 

Prieto fez a admissão em entrevista à rádio Blu. Segundo ele, porém, Santos não tinha conhecimento das irregularidades.

O presidente colombiano assegurou que não tinha conhecimento de que a Odebrecht havia dado dinheiro de maneira irregular para sua campanha de reeleição em 2010. “Não autorizei nem tive conhecimento dessas gestões, as quais se fizeram em direta violação das normas éticas e de controle que exigi que se impusessem na campanha”, afirmou Santos em sua conta no Twitter. Em comunicado divulgado pela presidência, Santos pediu investigação dos fatos.

Na Colômbia, é ilegal que empresas contribuam para campanhas presidenciais.

“Eu ordenei os folhetos e me disseram que [o dinheiro] saiu da Odebrecht. Enviei a eles a fatura”, disse Prieto à rádio. “A irregularidade é evidente.”

A Odebrecht está no centro de um escândalo internacional por corrupção. A companhia admitiu em uma declaração no Departamento de Justiça dos EUA que pagou US$ 800 milhões em subornos em vários países da América Latina e também na África.

Um ex-congressista afirmou há algumas semanas que a companhia teria dado dinheiro para a campanha de Santos, que então pediu às autoridades eleitorais para investigar as alegações. 

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