Discussão da lei de zoneamento acende disputas eleitorais em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2015 12h37
Reprodução Lei do Zoneamento ainda gera debates e Justiça suspende temporariamente a revisão

A pouco mais de um ano das eleições municipais, São Paulo já sente a disputa através da discussão da Lei de Zoneamento na Câmara. O petista Fernando Haddad aposta na proposta como marca de modernismo e a oposição acusa o plano de tratar o urbanismo como causa ideológica. São evidentes as diferenças partidárias com parlamentares da oposição e da situação cavando espaços junto aos seus nichos eleitorais.

Andrea Matarazzo, apontado como possível candidato tucano à Prefeitura de São Paulo em 2016, é um dos maiores opositores da Casa e se coloca contra propostas polêmicas como a das zonas corredores, que transforma áreas residenciais em locais mistos. Junto aos moradores de áreas nobres como Jardins, Cidade Jardim, Alto da Lapa e Pacaembu, Andrea Matarazzo engrossa as críticas ao projeto petista. “Tem que adequar o Plano Diretor às especificidades das regiões e conversar com a população local. Quem mora e trabalha no lugar sabe quais são as prioridades e os problemas e não é sentado no gabinete da prefeitura que a pessoa vai saber o que é bom para a cidade inteira”, diz.

Marta Suplicy, que trocou o PT para ser a provável candidata do PSB ao executivo municipal, também fez críticas à proposta de Fernando Haddad. Segundo a socialista, a medida vendida como “moderninha” pela gestão petista, diminuiria a qualidade de vida nas áreas residenciais.

O líder da base governista na Câmara, vereador Arselino Tatto participou de debate com Andrea Matarazzo no Jornal da Manhã da Jovem Pan. O bate-boca deixou clara a importância do projeto para o debate eleitoral do ano que vem. (ouça detalhes no áudio acima)

Relator da nova Lei de Zoneamento na Câmara, o vereador Paulo Frange, do PTB, lamenta que a conversa seja permeada por questões eleitorais. Em entrevista à repórter Helen Braun, o petebista lembra que a proposta vai muito além do polêmico aspecto das zonas corredores. “Nós gostaríamos que a Lei de Zoneamento fosse tratada à luz de uma política urbana, ou seja, o uso adequado do solo, da racionalização do uso desse espaço, da luta pela qualidade do meio ambiente, pela preservação do verde – despolitizado partidariamente”, analisa.

A primeira votação da Lei de Zoneamento deve ocorrer em outubro deste ano e a segunda no mês de dezembro.  Depois, seguirá para a sanção do prefeito de São Paulo e, se aprovado, o plano irá vigorar até 2029.

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