Do “mundo imaginário” à amargura do remédio: especilistas analisam nova política econômica do governo Dilma
Com aumento de impostos, Governo Dilma mostra que caiu na real, afirma ex-Secretário da Receita Federal.
Em entrevista a Denise Campos de Toledo, Everardo Maciel acentua que chegou a hora da correção de medidas desastradas. “Voltamos ao mundo real; antes nós estávamos num mundo imaginário, no mundo dos subsídios como se existisse almoço grátis”, disse.
Ex-Secretário de Política Econômica enfatiza que ninguém gosta de tomar remédios, especialmente os mais amargos.
Cláudio Adilson Gonçales aponta os fatos desastrosos nos últimos anos que quase levaram o País à insolvência. “Situação era absolutamente crítica”, avaliou, citando o déficit público e outros indicadores.
Dilma Rousseff vetou a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda e garantiu mais carga tributária nas costas do trabalhador.
Márcio Cardoso, especialista do mercado de capitais, afirma que apesar do esforço, o Governo ainda não conquistou a credibilidade investidor de risco. Cardoso não vê como fugir de um ano para ajustar as contas e vê melhoras efetivas apenas em 2016.
E a sondagem sobre o nível de confiança dos industriais em janeiro caiu ao nível mais baixo dos últimos 15 anos, diz economista da CNI.
Flávio Castello Branco assinala que o ajuste das contas do Governo é bom apenas se for acompanhado do saneamento na inércia pública.
Ele salienta ainda que o índice de confiança caiu até no Norte e no Nordeste, regiões que garantiram a vitória de Dilma na eleição passada.
O economista acrescenta que o cenário indica pouca disposição para a retomada de investimentos produtivos no País nos próximos meses.
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