Doenças não transmissíveis matam prematuramente 16 milhões de pessoas por ano

  • Por Agencia EFE
  • 19/01/2015 11h08

Genebra, 19 em (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira aos governos sobre a importância de combater as doenças não transmissíveis, dado que anualmente tiram prematuramente a vida de 16 milhões de pessoas no mundo.

“A comunidade internacional tem a oportunidade de mudar o curso da epidemia das doenças não transmissíveis”, disse a diretora geral da organização, Margaret Chan.

“Se forem investidos entre US$ 1 e 3 por pessoa e ano, os países poderiam reduzir drasticamente o número de doentes e mortos”, explicou Chan em comunicado.

Segundo sua opinião, “em 2015 cada país necessita criar e estabelecer um plano nacional. Se não fizerem, milhões de vidas seguirão sendo perdidas rápido demais”.

As doenças não transmissíveis (NDCs, por sua sigla em inglês) que matam mais pessoas são as doenças cardíacas e pulmonares, os ataques cerebrais, o câncer e o diabetes.

Mas o maior problema é que a maioria das mortes são evitáveis: das 38 milhões de pessoas que perderam a vida em 2012 por causa das doenças não transmissíveis, 16 milhões de mortes, 42%, poderiam ter sido evitadas.

Três quartos das mortes por NDCs foram registradas nos países de baixa e média renda e 82% dos 16 milhões das vidas perdidas cada ano prematuramente ocorrem nessas nações.

A OMS alertou que irá redobrar os esforços se o mundo quiser conseguir o objetivo de reduzir em 25% o número de mortes prematuras em 2025.

Algumas das políticas mais efetivas que os governos poderiam ser implementadas são as relativas à redução do consumo de tabaco e do álcool, a redução do consumo excessivo de sal, a luta contra as dietas não saudáveis e o impulso da atividade física e da expansão do sistema de saúde universal.

A OMS calcula que entre 2011 e 2025 as perdas econômicas relacionadas com as NDCs, como a despesa médica e a perda de produtividade, nos países de baixa e média renda serão elevados a US$ 7 trilhões se não faz nada para mudar a dinâmica atual.

Pelo contrário, a OMS estima em US$ 11,2 bilhões ao ano o custo global de reduzir a carga das NDCs. EFE

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