Dois norte-coreanos chegam nadando à Coreia do Sul e pedem asilo

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2014 00h02

Seul, 14 ago (EFE).- Dois cidadãos norte-coreanos cruzaram nesta quinta-feira (data local) à nado a fronteira entre as duas Coreias e conseguiram chegar à ilha de Gyodong, onde pediram asilo às autoridades sul-coreanas, informou o executivo de Seul.

A ilha fica ao sul da disputada fronteira marítima do Mar Amarelo, que separa as duas Coreias, conhecida como Linha Limite do Norte (LLN) e a 2,5 quilômetros do litoral norte-coreano mais próximo.

Os dois homens, um deles de aproximadamente 20 anos e o outro de 50, expressaram “imediatamente” seu desejo de escapar do vizinho do norte, publicou a agência local Yonhap.

Eles chegaram à ilha as 4h (local, 16h de quarta-feira).

Os dois cidadãos norte-coreanos estavam desarmados e com roupa de rua, e as autoridades sul-coreanas supõem que se tratem de civis, mas que ainda são necessárias “provas adicionais para comprovar quem são exatamente”.

Eles foram colocados em custódia e serão interrogados sobre os motivos da fuga.

Embora se trate do terceiro ano consecutivo em que cidadãos norte-coreanos consigam chegar à ilha de Gyodong, as autoridades sul-coreanas consideram “pouco usual” esta via de fuga da Coreia do Norte, já que implica nadar através de uma fronteira marítima altamente militarizada, assinalou a fonte do governo.

Em 2013, 1.516 refugiados norte-coreanos chegaram à Coreia do Sul, número ligeiramente superior à de 2012, mas baixo em comparação aos anos anteriores, segundo dados do Ministério da Unificação de Seul.

Os norte-coreanos que fogem da fome ou da repressão política para a mais próspera Coreia do Sul normalmente percorrem um longo caminho que começa na China, geralmente cruzando o rio Amnok (rio Yalu em chinês), no noroeste da Coreia do Norte.

A Coreia do Sul acolhe a todos os refugiados do Norte, aos que dá a cidadania sul-coreana e diversas ajudas para sua integração na sociedade, embora muitos deles fracassem na adaptação à vida e à sociedade do país vizinho por causa das grandes diferenças entre as nações. EFE

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