Dois presos políticos são libertados em Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 07/01/2015 22h49
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Havana, 7 jan (EFE).- As autoridades cubanas soltaram nesta quarta-feira em Santiago de Cuba os irmãos Diango e Bianco Vargas Martín, ambos considerados presos políticos pela Anistia Internacional e pela Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), revelou à Agência Efe o líder da comissão, Elizardo Sánchez.

Sánchez não confirmou se eles fazem parte da lista de 53 presos políticos que Cuba se comprometeu a libertar como parte do acordo de restabelecimento de relações com os Estados Unidos, já que a lista não é pública.

Os gêmeos Vargas Martín foram presos em dezembro de 2013, quando tinham 16 anos, e condenados em junho de 2014 a dois anos e meio de prisão por desacato, resistência, desordem pública e ameaça.

Eles integram a União Patriótica de Cuba (Unpacu) e já tinham completado 25 meses da condenação, faltando somente cinco meses para o cumprimento total da pena, explicou à Efe o presidente desta organização dissidente, José Daniel Ferrer.

Ferrer assinalou que os irmãos, ao ser condenados com 17 anos, deveriam ter cumprido pena em um centro correcional de menores, e não em uma prisão de “máximo rigor”; algo que reflete a “pouca vontade das autoridades cubanas” em cumprir os direitos fundamentais.

Os irmãos foram presos quando, em 2 de dezembro de 2013, foram a uma delegacia de Santiago de Cuba para pedir a libertação imediata de seis companheiros da Unpacu que tinham sido detidos dias antes quando realizavam um aniversário, entre eles seu irmão mais velho, Alexei, que permanece preso.

Tanto Ferrer como Elizardo Sánchez disseram não saber se outros presos políticos tenham sido libertados, apesar de uma porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos ter afirmado esta semana que Cuba já tinha começado a soltar alguns dos 53 prisioneiros da lista.

Ferrer assinalou que sua organização acredita que a porta-voz se referia às libertações de Sonia Garro, membro do grupo opositor Damas de Branco; seu marido, Ramón Alejandro Muñoz, e o ativista Eugenio Hernández, em 9 dezembro.

Estas libertações aconteceram dias antes de 17 de dezembro, quando Cuba anunciou seu compromisso de libertar 53 presos políticos sobre os quais os Estados Unidos tinha mostrado interesse, como parte do acordo de restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. EFE

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