Dólar chega a R$ 3,25 com medo do rebaixamento da nota de risco do Brasil
Dólar sobe para quase R$ 3,25 com medo do rebaixamento da nota de risco do Brasil devido à fragilidade política do Governo Dilma. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o estrategista do mercado financeiro Luciano Rostagno disse que as manifestações de domingo agravam a situação.
“Há uma preocupação de que a base governista esteja bastante frágil para levar adiante as medidas de austeridade fiscal necessárias para colocarem as contas do Governo de volta numa trajetória sustentável. Desta forma, evitar um rebaixamento da nota soberana antes dos protestos de domingo que podem abalar a popularidade da presidente”, explicou Rostagno.
Economistas também culpam a crise política criada pelas roubalheiras na Petrobras nas administrações do PT pela disparada do dólar no País. A economista Miriam Tavares torce pela rapidez na punição de todos que roubaram a petroleira para que a situação “não descambe de vez”.
“A gente torce muito para que esse momento delicado tenha um bom fim e logo, para que as empresas voltem a trabalhar. A Petrobras ainda é uma empresa sólida e séria e precisa voltar a trabalhar. A gente espera que isso seja logo, porque senão as coisas podem descambar”, disse.
Tavares assinalou ainda que a disparada do dólar desestimulou o brasileiro interessado em fazer viagens ao Exterior. As negociações com o dólar turismo, vendido a 3 reais e 34 centavos, também começaram a perder o fôlego nos últimos dias.
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