Doria quer levar “metrobus” de Buenos Aires a São Paulo

  • Por Jovem Pan - Buenos Aires
  • 14/10/2016 21h41
Divulgação Prefeito eleito de São Paulo João Doria Jr. e prefeito de Buenos Aires Horacio Larreta em encontro na capital argentina

O prefeito eleito de São Paulo estuda impantlar um serviço semelhante ao metrobus de Buenos Aires em São Paulo. A experiência argentina foi inaugurada sob governo do então prefeito Mauricio Macri há nove anos e teve boa aceitação da população. 

Trata-se de uma especie de VLT (veiculo leve sob trilhos) que circula por uma via segregada. Promete economizar até 40% de tempo de deslocamento em comparação com um ônibus e é bem mais barato que a construção de uma linha de metrô.

Sem dar detalhes de como funcionaria na prática na capital paulista, João Doria explicou que os pormenores do projeto serão estudados em fevereiro, quando o prefeito portenho, Horacio Larreta, visitá-lo em São Paulo. Segundo Doria, ao menos na Argentina, o metrobus não foi financiado pela iniciativa privada.

“Eu gostei muito do sistema do metrobus, porque ele é barato e eficiente”, classificou. “Eles não tiveram financiamento privado. Perguntei para o prefeito, como funcionava PPPs, parcerias e programas de privatizações. Disse que o Estado foi muito fechado e absolutamente hostil a investimentos privados e internacionais. Agora ele (orefeito de Buenos Aires) vai abrir”, disse Doria.

A mobilidade foi apenas um dos quatro assuntos abordados na reunião de Doria e Larreta nesta sexta-feira na capital argentina.

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O prefeito paulista afirma ter interesse ainda nas experiências bem sucedidas em zeladoria urbana (especialmente na área de conservação de praças e parques), na qualificação de serviços públicos e na economia criativa. Esta última aborda também o know-how das duas cidades em terem se tornado polos gastronômicos.

Segundo João Doria, o intercâmbio de experiências começa no segundo mês da sua gestão:

“Vamos evoluir em programas conjuntos em que as experiências de Buenos Aires serão transferidas a grupos de trabalho da Prefeitura de São Paulo já a partir de fevereiro”, garantiu o tucano. “O prefeito (de Buenos Aires) se dispôs a mandar técnicos a São Paulo (…). O que me deixou bem impressionado foi o custo baixo. Futebol à parte, acho que podemos fazer coisas em conjunto muito boas”, disse o prefeito eleito da capital paulista

Enquanto isso integrantes da equipe de Doria passam, a partir de dezembro, a acompanhar de perto questões que, se fora de controle, podem trazer danos graves à cidade e à imagem do prefeito, como enchentes e combate a epidemia de dengue.

O empresário, aliás, elogiou o petista Fernando Haddad aqui na Argentina dizendo que ele é um homem de bem e que está acima do partido que representa. Voltou a afirmar que está fazendo uma transição republicana e gostando de como o processo está se desenrolando.

Ainda em Buenos Aires, o prefeito tucano reforçou que manterá o horário estendido de abertura do minhocão para pedestres aos domingos, e que vai colocar a guarda metropolitana nas ruas e nos postos de saúde para proteger o cidadão que se deslocará para fazer exames.

Uma das promessas de campanha do empresário é firmar convênios com hospitais particulares para que a população realize procedimentos à noite e durante a madrugada.

Informações da repórter Jovem Pan Carolina Ercolin, direto de Buenos Aires

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