Dos jihadistas espanhois, 17 morreram e 36 continuam na Síria e no Iraque
Madri, 8 jan (EFE).- NO ano passado 17 combatentes jihadistas vindos da Espanha morreram nas zonas de conflito do Estado Islâmico, fundamentalmente na Síria e no Iraque, e oito deles retornaram ao país, dos quais sete foram detidos e estão em prisão preventiva.
Segundo dados entregues à Agência Efe por fontes da luta contra o terrorismo, os especialistas calculam que 36 jihadistas espanhóis permanecem na Síria e no Iraque, onde, de acordo com os relatórios policiais, teriam se deslocado cinco mil indivíduos de países da União Europeia, dos quais 80% teriam se integrado as fileiras do Estado Islâmico ou do Daesh.
Na Espanha, as investigações policiais e judiciais destacaram, segundo as fontes consultadas, “a estreita colaboração das autoridades marroquinas”, que se centram fundamentalmente nos focos radicais das cidades espanholas de Ceuta e Melilla, no norte da África.
As investigações estão focadas nas atividades de captação e doutrinamento adolescentes e jovens (inclusive meninas) para envio à Síria.
Estima-se que haja na Audiência Nacional 70 procedimentos judiciais abertos pelo fenômeno jihadista, que engloba também o enaltecimento deste tipo de terrorismo através das redes sociais, e 40 pessoas estão presas por ter relação com estes grupos.
Desde junho de 2013 foram realizadas várias operações contra o terrorismo jihadista que prenderam uma centena de pessoas na Espanha, Marrocos e Bélgica.
A maior parte dos detidos estava vinculada com as redes de captação, doutrinamento e envio de jihadistas às fileiras do Estado Islâmico, e alguns com outras organizações que operam na África como AQMI (Al Qaeda no Magrebe Islâmico) e MUYAO (Movimento para a União da Jihad no África Ocidental).
A atuação judicial, segundo as fontes, é “fundamentalmente preventiva, dirigida à detenção e desarticulação de células e grupos aliados em organizações terroristas antes de começar a preparar ou executar ações terroristas de qualquer natureza”, o que dificulta a obtenção de provas, mas consegue evitar que estas pessoas cheguem a cometer atentados. EFE
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