Drone achado na casa de primeiro-ministro poderia levar césio de Fukushima

  • Por Agencia EFE
  • 23/04/2015 02h52
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Tóquio, 23 abr (EFE).- As autoridades japonesas averiguam a possibilidade de o césio radioativo detectado em um drone encontrado na cobertura da residência oficial do primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, pertencer à usina nuclear de Fukushima, disseram nesta quinta-feira fontes ligadas à investigação.

A possibilidade foi levantada porque os isótopos detectados no equipamento (césio-134 e césio-137) não existem na natureza e são produto da fissão nuclear, conforme explicaram membros da Polícia Metropolitana de Tóquio à agência “Kyodo”.

O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão em março de 2011 provocaram na usina de Fukushima o pior desastre atômico desde Chernobyl (Ucrânia).

As emissões e vazamentos radioativos prejudicaram seriamente a agricultura e a pesca local, mantendo cerca de 70 mil pessoas que viviam próximas ao local longe de suas casas até hoje.

O drone, de cerca de 50 centímetros de envergadura, foi encontrado ontem junto ao heliporto instalado na cobertura da residência do primeiro-ministro, em Tóquio. A origem da aeronave ainda é desconhecida pelas autoridades.

Abe está fora da capital japonesa desde ontem, quando viajou a Jacarta, na Indonésia, para participar da Conferência Ásia-África.

O equipamento possui uma câmera e um pequeno compartimento cheio de um líquido no qual foram detectadas as emissões radioativas. Elas são de baixa intensidade e não representam riscos à saúde.

O drone, um modelo que pode ser encontrado facilmente no comércio japonês, também levava um adesivo com o símbolo de advertência de contaminação radioativa, conhecido popularmente como trevo radioativo.

A Polícia Metropolitana de Tóquio explicou que a última verificação feita na cobertura da residência oficial ocorreu no dia 22 de março, dificultando o trabalho de definir quando o equipamento pousou no local.

O incidente reabriu as discussões sobre a falta de regulação em relação ao uso de drones para sobrevoar edifícios e instalações restritas no Japão. EFE

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