Duma russa pede aos EUA e UE sanções contra todos os deputados russos

  • Por Agencia EFE
  • 18/03/2014 08h23
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Moscou, 18 mar (EFE).- A Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia propôs nesta terça-feira aos Estados Unidos e à União Europeia estender a todos os parlamentares as sanções anunciadas ontem contra alguns funcionários russos em resposta à incorporação da Crimeia à Rússia.

“Propomos ao senhor (Barack) Obama e aos senhores funcionários europeus incluir todos os deputados da Duma que tenham votado desta resolução na lista dos cidadãos russos afetados pelas sanções dos EUA e da UE”, diz o texto do documento aprovado unanimemente pelo Legislativo.

A resolução é uma resposta irônica à lista anunciada ontem por Washington de políticos russos punidos com sanções, entre eles o vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin e os assessores do presidente Vladimir Putin, Vladislav Surkov e Sergei Glaziev, e a presidente do Conselho da Federação (Senado), Valentina Matvienko.

A lista de sancionados inclui os nomes de dois líderes separatistas da Crimeia, Sergei Axionov e Vladimir Konstantinov, e do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, deposto após três meses de protestos populares populares.

Por sua vez, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram em sancionar 21 russos e ucranianos considerados responsáveis pela instabilidade na Crimeia.

Além disso, a Duma parabenizou o resultado do referendo na Crimeia, no qual a maioria arrasadora da população se manifestou no domingo a favor da união com a Rússia.

Ao término da sessão, os deputados foram para o Kremlin, onde o presidente russo, Vladimir Putin, que hoje deu sinal verde à minuta de um tratado para a incorporação da Crimeia à Federação Russa, pronunciará um discurso sobre a situação.

O parlamento da Crimeia aprovou ontem uma resolução pela qual se declarou independente da Ucrânia e pediu oficialmente a incorporação da península à Rússia, depois que mais de 95% dos cidadãos que participaram do referendo apoiaram a reunificação ao país ao qual pertenceu até 1954. EFE

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