Duplo atentado a bomba mata 7 pessoas no noroeste do Paquistão

  • Por Agencia EFE
  • 08/11/2014 07h38
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Islamabad, 8 nov (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram e outra ficou ferida quando duas bombas explodiram e atingiram voluntários de um comitê de paz na região tribal de Mohmand, no noroeste do Paquistão, informou neste sábado à Agência Efe uma fonte oficial.

A primeira explosão aconteceu ontem por volta das 18h locais (11h de Brasília) quando uma bomba de fabricação caseira foi detonada durante a passagem de uma motocicleta em que estavam dois membros da comissão de paz na área de Shafi, disse um porta-voz do governo local, Mohammed Kames.

Uma segunda bomba ativada por controle remoto explodiu pouco depois, também com a intenção de atingir os voluntários do comitê.

Os rebeldes do Jamaat-ul-Ahrar, uma dissidência do principal grupo talibã do país, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), assumiram a autoria do atentado através de um comunicado emitido por seu porta-voz, Ehsanulah Ehsan, segundo a imprensa local.

O Jamaat-ul-Ahrar também reivindicou a autoria do atentado suicida que matou 57 pessoas no último domingo, além de ter deixado mais de 100 feridos, no posto fronteiriço de Wagah. No entanto, outros dois grupos também assumiram a responsabilidade por esse ataque.

O atentado de ontem em Mohmand é o segundo com essas características que acontece nesta semana no Paquistão, depois que na terça-feira quatro soldados e um civil morreram em duas explosões na província de Khyber.

O Exército paquistanês começou em 15 de junho uma ofensiva militar na região tribal do Waziristão do Norte, para onde enviou 30 mil soldados em uma tentativa de acabar com os grupos insurgentes. Desde o início da operação, mais de mil insurgentes morreram, além de 90 soldados.

Em meados de outubro, as forças de segurança ampliaram a ofensiva para a região de Khyber, vizinha ao Waziristão do Norte, onde morreram 44 insurgentes, segundo fontes militares.

As regiões tribais na fronteira entre Paquistão e Afeganistão servem de refúgio para grupos jihadistas, membros da Al Qaeda e facções talibãs paquistanesas e afegãs. EFE

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